Ciro chama Doria de farsante, critica Ibope e diz apostar em virada final

Gabriel Sabóia

Do UOL, no Rio de Janeiro

  • ROMMEL PINTO/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

    Ciro Gomes faz caminhada na Rocinha, no Rio, nesta sexta-feira

    Ciro Gomes faz caminhada na Rocinha, no Rio, nesta sexta-feira

A dois dias do primeiro turno das eleições, o candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, voltou a atacar institutos de pesquisa e disse confiar que estará no segundo turno da disputa. Durante caminhada nesta sexta-feira (5) na favela da Rocinha, na zona sul do Rio, Ciro falou que acredita nos esforços finais de campanha para reverter as projeções atuais, que o colocam como terceiro colocado nas intenções de votos.

"A virada é provável, sim. Nesse mesmo dia das eleições passadas, as pesquisas apontavam um segundo turno entre Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (Rede), o que acabou não acontecendo", diz ele.

O último levantamento divulgado pelo Instituto Datafolha, nesta quinta (4), mostra o candidato com 11% dos votos, atrás de Jair Bolsonaro (PSL), que atingiu 35%, e Fernando Haddad (PT), com 22%.

Ao ser questionado sobre a sua colocação nas últimas pesquisas eleitorais, Ciro evitou comentar os números dos levantamentos, mas centrou críticas ao Ibope. "O Ibope vende até a mãe, quanto mais pesquisas", afirmou.

Durante o ato de campanha, que acontece um dia depois do último debate presidencial na TV, o candidato não poupou críticas a Haddad e ao candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB João Doria, a quem voltou a chamar de "farsante".

O PT perdeu a capacidade de governar o Brasil. Eu tenho história, nunca perdi no meu estado, o Ceará, ao contrário do Haddad, que perdeu em São Paulo para o farsante do Doria", afirmou.

Ciro se negou a comentar a notificação que recebeu, por meio de um oficial de Justiça, em um camarim dos estúdios Globo, depois do debate realizado nesta quinta-feira, justamente por ter chamado Doria de farsante em 2017.

Ciro volta a se colocar como alternativa à polarização

Em relação às favelas cariocas, Ciro disse que a Rocinha exemplifica a necessidade de urbanização e saneamento das comunidades carentes do estado, e pediu votos em cima de um carro de som. "Eu estou pedindo a bola, quero que vocês [eleitores] toquem para mim. Precisamos combater a violência do narcotráfico e dos discursos dessa eleição", disse, se colocando como alternativa à polarização entre direita e esquerda.

Do Rio, Ciro segue para Minas Gerais, onde realiza atos de campanha nesta sexta-feira. A programação de campanha termina no domingo, no Ceará, onde o pedetista vota.

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