Ibope e Datafolha indicam 2º turno entre Doria e Skaf; França está em 3º

Luís Adorno

Do UOL, em São Paulo

  • Ricardo Matsukawa/UOL

    Candidatos João Doria (PSDB) e Paulo Skaf (MDB)

    Candidatos João Doria (PSDB) e Paulo Skaf (MDB)

As pesquisas Ibope e Datafolha, divulgadas na noite deste sábado (6), véspera do primeiro turno, apontam um segundo turno entre os candidatos João Doria (PSDB) e Paulo Skaf (MDB) para o governo de São Paulo.

Considerando votos válidos, a pesquisa Ibope aponta João Doria com 32% das intenções de voto e Paulo Skaf com 30%. Em terceiro, está Márcio França (PSB), com 18%.

Desde 10 de setembro, França subiu 10 pontos percentuais, segundo o Ibope. Pelo Datafolha, foram 12 pontos.

São considerados votos válidos aqueles que excluem brancos e nulos --ou seja, os que necessariamente são declarados a favor de uma candidatura. Para ser eleito em primeiro turno, o candidato precisa obter no mínimo 50% mais um voto do total de votos válidos.

Já a pesquisa Datafolha traz Doria com 33%, Skaf com 26%, e França com 20%. Em ambas as pesquisas, a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Nas simulações de segundo turno, há empate técnico nos três cenários. Na disputa entre Doria e Skaf, o emedebista está numericamente à frente com 42% e o tucano tem 39%. Já a disputa entre Skaf e França mostra o emedebista numericamente à frente com 41%, contra 38% do candidato do PSB. No terceiro cenário, França e Doria registram 41% cada um.

Doria é o que tem maior rejeição

Os institutos de pesquisa também questionaram os eleitores sobre em quem eles não votariam de jeito nenhum. Como os entrevistados podiam escolher mais de um nome, a soma dos percentuais das respostas é maior que 100%.

No Ibope, Doria tem 31% de rejeição, seguido por Marinho, com 23%, e Skaf, com 17%.

Já o Datafolha indica rejeições maiores: Doria com 38%, Marinho com 29% e Skaf com 27%.

Simulações de segundo turno

De acordo com os dois levantamentos, no segundo turno, Skaf venceria tanto Doria quanto França. Numa disputa entre o candidato do PSDB e o do PSB, Doria seria eleito governador.

Ibope:

  • Paulo Skaf 41% x 37% João Doria (branco/nulo: 17% x não sabe/não respondeu: 5%)
  • João Doria 40% x 36% Márcio França (branco/nulo: 18% x não sabe/não respondeu: 6%)
  • Paulo Skaf 43% X 31% Márcio França (branco/nulo:19 % x não sabe/não respondeu: 7%)

Datafolha:

  • Paulo Skaf 42% x 39% João Doria (branco/nulo: 16% x não sabe/não respondeu: 4%)
  • João Doria 41% X 41% Márcio França (branco/nulo: 14% x não sabe/não respondeu: 4%)
  • Paulo Skaf 41% X 38% Márcio França (branco/nulo: 16% x não sabe/não respondeu: 5%)

A pesquisa Ibope para governador e senador foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob número SP-08795/2018 e ouviu 2.002 pessoas entre os dias 30 de setembro e 6 de outubro de 2018. O nível de confiança estimado é de 95% e a margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa foi contratada pela TV Globo e pelo jornal "O Estado de S.Paulo".

Já a pesquisa Datafolha foi registrada no TSE sob número SP-04272/2018 e ouviu 3.796 pessoas entre 5 e 6 de outubro. O nível de confiança também é de 95%, assim como a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos. A pesquisa foi contratada pela Folha de S.Paulo e TV Globo.

Segurança pública no radar dos principais candidatos 
Adriano Vizoni/Folhapress

Aproveitando a crescente na candidatura do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), que tem como vitrine a rigidez na segurança pública, os líderes nas intenções de voto Doria e Skaf acenaram positivamente, tanto para maior rigidez na política de segurança, quando para Bolsonaro.

Paulo Skaf, mesmo antes do primeiro turno, já declarou apoio a Jair Bolsonaro, contrariando o presidenciável do MDB, Henrique Meirelles. Já Doria dá sinal de que apoiará o candidato do PSL, caso o tucano Geraldo Alckmin não vá para o segundo turno. Quando questionado se apoiaria o PT no segundo turno, ele tem dito nos últimos dias que jamais votará 13.

Entre as propostas de Skaf e Doria, estão, por exemplo, o fim das saídas temporárias de presidiários. No entanto, o governador de São Paulo não tem autoridade para determinar o fim do benefício. A medida teria de partir do Congresso Nacional.

São Paulo, apesar de ser o berço da maior facção criminosa do país, o PCC (Primeiro Comando da Capital), registra com a menor taxa de homicídios do país --em contraposição ao crescente no número de mortes violentas em outras regiões. As medidas propostas pelos principais candidatos têm como objetivo manter a queda nos homicídios e fortalecer os policiais.

Com 939 mortos pelas polícias civil e militar, o ano passado foi o que a letalidade policial bateu recorde histórico desde o início da contabilização dos dados, em 1996. Em contraposição, o ano passado registrou o menor número de policiais mortos. No entanto, nenhum dos três primeiros colocados nas pesquisas aponta a letalidade policial como problemática.

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