Militante do PT é agredida durante ataque a carreata em Maringá

Gabriel Carneiro e José Edgar de Matos

Do UOL, em São Paulo

  • Reprodução/Twitter

    Vidro quebrado e manchas de sangue foram registrados durante carreata no Paraná

    Vidro quebrado e manchas de sangue foram registrados durante carreata no Paraná

Uma mulher de 53 anos foi agredida durante uma carreata do PT na cidade paranaense de Maringá, neste sábado (6). Vera Lucia Pedroso Nogueira, filiada ao partido há mais de duas décadas e presidente do Sindaen (Sindicato dos Trabalhadores nas empresas de água, esgoto e saneamento de Maringá e região noroeste do Paraná), recebeu quatro pontos no dedo indicador e um no dedo mínimo em razão da confusão. O diretório do Partido dos Trabalhadores da cidade registrou Boletim de Ocorrência após o caso, confirmado pela Polícia Militar do Paraná.

Testemunhas relatam que o agressor chegou à carreata pilotando uma moto com adesivo de campanha do candidato Jair Bolsonaro (PSL).

De acordo com informações da PM, a carreata já estava perto do fim quando um homem que não participava se aproximou dos militantes, arrancou bandeiras, agrediu pessoas e quebrou lanternas e vidros de carros. Vera Lucia estava em um dos veículos e foi atingida por estilhaços.

Acervo pessoal
Vera recebeu cinco pontos na mão durante ataque na tarde deste sábado

"Estava na fila de carros, dirigindo e com bandeiras nas duas portas. Veio do nada um motoqueiro, que depois percebi ter atacado outros carros. Ele chegou de moto com adesivo do Bolsonaro, sem camisa, de bermuda e capacete. Veio puxando e tentando arrancar a bandeira do meu lado, mas ela estava bem presa. Com a força, quebrou o vidro e cortou a minha mão. Só percebi quando vi o sangue", diz a militante, ao UOL

O agressor foi imobilizado por participantes da carreata, mas deixou o local antes da chegada dos policiais. Em um vídeo que circula pela internet, ele é defendido por outras pessoas que se aproximam da confusão e consegue deixar o local. Não há flagrante, mas imagens com o rosto do agressor podem ajudar na identificação, assim como a placa da moto, que também foi retirada da Avenida Kakogawa, onde aconteceu o caso.

"Ele atacou os carros. Tinha outras pessoas incentivando, mas ele fez sozinho. Depois apareceram outras pessoas protegendo. Chamamos a Polícia, a Polícia veio, mas acredito que seja algo espontâneo de pessoas inflamadas. Pedimos reforço de comando militar para ter mais segurança amanhã (domingo) e vamos esperar que nada mais aconteça. Mas é ficar em alerta. Nós fizemos o Boletim de Ocorrência e segunda-feira vamos tomar providências mais específicas", diz Carlos Emar Mariucci, presidente do PT de Maringá e vereador na cidade paranaense.

Além do BO, o PT de Maringá publicou uma nota em seu site: "Carlos Emar Mariucci (presidente do PT Maringá) manifestou repúdio a qualquer tipo de agressão, visto que isso abala o estado democrático de direito", diz a publicação, que tem o seguinte título: "Seguidores pró-Bolsonaro agridem mulheres em carreata Haddad-Manu em Maringá." Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, também fez publicação de repúdio nas redes sociais.

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