"Eleições são marcadas por raiva, frustração e traição", analisa socióloga

Do UOL, em São Paulo

A eleição presidencial de 2018, que levou Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) para o segundo turno, foi movida por sentimentos de raiva, frustração e traição, este relacionado à memória de governos do PT. A análise é de Esther Solano, socióloga da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

"O principal sentimento é a raiva, que aparece o tempo todo, e a traição. Eu faço pesquisa com eleitores do Bolsonaro, e o conceito de traição aparece fortemente: 'Nós fomos traídos pelo PT e queremos uma mudança'. Também a aparece o sentimento de esperança ligado à candidatura de Bolsonaro. Eles querem uma coisa nova, alguém que bote ordem, que seja diferente", disse Esther.

Ela também faz um alerta. "Isso tudo é muito perigoso, porque o que na verdade acontece é uma personalização da política, da figura do grande herói, do Messias salvador. E quando você não aposta na ordem institucional e aposta nos grandes heróis salvacionistas, você vai perder, com certeza".

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