Eleitor não escuta raciocínio de candidato adversário, diz socióloga

Do UOL, em São Paulo

Esther Solano, socióloga e professora da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), avalia que os eleitores brasileiros não escutam argumentos contrários de adversários políticos. "Tem muito eleitor que desumaniza o candidato. Não escuta nenhum tipo de raciocínio. Vai ter um antipetismo muito forte e um absoluto muro cognitivo emocional", diz.

Esther comenta ainda que, quando conversa com eleitores do candidato Jair Bolsonaro (PSL), percebe que há uma rejeição alimentada pela aversão ao PT. "[Existe] Um antipetismo muito visceral, que coloca o PT num patamar de demonização. 'Tudo o que sair da boca do [Fernando] Haddad, eu rejeito. É tudo mentira, é falso'", diz.

Além disso, há o anti-intelectualismo, o que faz muitos simpatizarem com Bolsonaro e criticarem Haddad, que seria visto como intelectualizado. "'Não importa que Bolsonaro seja despreparado, ele fala coisas que a gente entende'. Sinto que há rancor diante de um candidato elitista demais."

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