'Não haverá negociação partidária', diz Bolsonaro sobre possível governo

Gustavo Maia e Hanrrikson de Andrade

Do UOL, no Rio de Janeiro

O candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL), votou na manhã deste domingo (7) sob forte esquema de segurança na zona oeste do Rio. Ele chegou ao seu local de votação, Escola Municipal Rosa da Fonseca, antes das 9h e disse acreditar em vitória em primeiro turno. "Dia 28 é praia", disse, em referência à data do segundo turno.

"Não haverá negociação partidária, recebi apoio da bancada ruralista e da bancada evangélica. No varejo, temos 350 parlamentares que querem estar conosco; São deputados honestos que não querem falar com Sergio Moro em Curitiba. Vocês viram que sem fundo partidário, sem tempo de televisão, chegamos longe", afirmou.

"Sou diferente dos demais que estão aí", afirmou o candidato a jornalistas após votar. 

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O presidenciável também mencionou intenção de apoio internacional: "Coreia do Sul, EUA e Israel têm disposição de colaborar conosco, quero fazer parcerias com países melhores do que os nossos", disse.

Na mídia estrangeira, nos últimos dias, diversos jornais têm publicado reportagens com tom majoritariamente negativo em relação à candidatura do capitão reformado.

Redes sociais

Bolsonaro destacou o papel da internet em sua campanha."Temos as mídias sociais que realmente fazem com que cada eleitor decida de acordo com seu conhecimento. O eleitor se tornou independente. Não somos mais tutelados por quem quer que seja", disse.

O candidato lidera as intenções de voto, de acordo com a pesquisa Datafolha divulgada ontem. O candidato tem 40% das intenções de votos válidos (que excluem os nulos e em branco). Para vencer em primeiro turno, são necessários mais de 50% dos votos válidos.

Mais cedo, ele saiu de casa em uma comitiva de seis carros, com os vidros escuros das janelas fechados. Os dez curiosos e apoiadores que estavam no local sequer conseguiram ver o candidato. 

O local de votação também foi submetido a um sistema rígido de revista dos jornalistas que acompanharão a votação, o que causava filas lentas para aqueles que esperavam para votar.

A escola onde Bolsonaro vota espera 1.000 eleitores, distribuídos em 5 seções. As urnas eletrônicas chegaram todas ontem (6), de acordo com o administrador do prédio, Jurandir Sampaio. A segurança foi reforçada, e policiais chegaram a dormir no local —o candidato sofreu um atentado em Juiz de Fora (MG), em 6 de setembro.

Confusão no local de votação

Ao deixar o local de votação, houve tumulto e empurrões para passagem do candidato. Jornalistas chegaram a cair no chão —repórter de uma rádio mineira relatou ter sido derrubado no chão por um segurança, e o seu equipamento quebrou.

A comitiva do presidenciável retornou ao condomínio por volta das 9h40 e foi recebida por aproximadamente 25 apoiadores, que aplaudiram e gritaram "mito".

Um manifestante contrário a Bolsonaro o chamou de "fascista" e irritou um apoiador, que começou a insultar um fotógrafo da agência Reuters, por engano. O opositor então se apresentou e ouviu gritos com xingamentos do apoiador de Bolsonaro.

Flávio e Carlos Bolsonaro, filhos de Jair, vão para Vila Isabel, na zona norte do Rio, onde votam.

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