Bolsonaro rebate Haddad sobre carta compromisso e o chama de "canalha"

Luiz Alberto Gomes

Do UOL, em São Paulo

  • Reprodução

O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) rebateu nas redes sociais o seu adversário no segundo turno, Fernando Haddad (PT), após o petista propor uma carta compromisso contra notícias falsas na internet. No Twitter, o capitão da reserva chamou o seu rival de "canalha" e o acusou de espalhar mentiras sobre o seu plano de governo.

"O pau mandado de corrupto me propôs assinar 'carta de compromisso contra mentiras na internet'. O mesmo que está inventando que vou aumentar imposto de renda para pobre. É um canalha! Desde o início propomos isenção a quem ganha até R$ 5.000. O PT quer roubar até essa proposta", escreveu Bolsonaro.


Além do presidenciável, um dos filhos dele, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), também atacou Haddad. O parlamentar recusou um pacto e disse que o "lobo quer vestir pele de ovelha".


Mais cedo, em entrevista coletiva, Haddad disse que convidaria o seu adversário para assinar um "protocolo ético" para abordagens de campanha no segundo turno. "Vamos fazer esse esforço para que eles assinem uma carta de compromisso contra a calúnia e a difamação anônima que acontecem nas redes sociais, sobretudo o WhatsApp."

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O candidato do PT à Presidência também cobrou que a Justiça Eleitoral fiscalizasse as propagações dessas mentiras e prometeu manter uma campanha propositiva igual a feita no primeiro turno. Apesar da declaração, Haddad usou a última propaganda no horário eleitoral obrigatório de TV para atacar Bolsonaro.

Essa não é a primeira vez que o ex-prefeito de São Paulo reclama de ataques com notícias falsas em redes sociais. Na reta final do primeiro turno, ele culpou a campanha de Bolsonaro por ataques no WhatsApp e disse que temia o efeito das mentiras sobre o eleitorado evangélico. O PT também criou um canal para que eleitores denunciem fake news e busca identificar os autores dessas correntes.

Disputa pela Presidência

No primeiro turno da eleição, Bolsonaro e Haddad foram os mais votados para a Presidência e disputarão o segundo turno no dia 28 de outubro. O candidato do PSL recebeu 46% dos votos após aparecer na frente durante toda corrida eleitoral e ter um forte crescimento na reta final.

Já o petista foi escolhido por 29% dos eleitores mesmo entrando na disputa só um mês antes da votação. Haddad substituiu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que teve sua candidatura barrada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no início de setembro.

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