Paes nega ter recebido propina e diz que ex-secretário não tem provas

Do UOL, no Rio

  • José Lucena/Futura Press/Folhapress

    19.set.2018 - Eduardo Paes (DEM), durante debate realizado pelo UOL, Folha e SBT

    19.set.2018 - Eduardo Paes (DEM), durante debate realizado pelo UOL, Folha e SBT

O candidato do DEM ao governo fluminense, Eduardo Paes, afirmou que seu ex-secretário de Obras, Alexandre Pinto, que o acusa de receber propina de construtoras que tentavam vencer licitações durante sua gestão na prefeitura do Rio, precisa provar suas acusações. Ele também questionou o surgimento das declarações durante o período eleitoral.

Alexandre Pinto disse à Justiça Federal ter ouvido de Paes que a Odebrecht deveria vencer a licitação para fazer as obras do corredor Transoeste. "O acordo foi fechado no gabinete dele [Paes] e eu fui informado disso, antes mesmo da publicação do edital de licitação", disse Pinto a Marcelo Bretas, juiz responsável pela 1ª instância da Lava Jato no Rio, no dia 4 deste mês.

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Em entrevista do telejornal RJTV, da Rede Globo, nesta segunda-feira (15), Paes negou a acusação e disse que Pinto não apresentou provas. "Fica fácil para um criminoso confesso sair mentindo", afirmou Paes.

Pinto foi secretário de obras de Paes entre 2010 e 2016. Ele é réu confesso em processos que investigam corrupção em obras da prefeitura nesse período e cumpre prisão domiciliar desde 26 de julho. Nesta segunda, foi condenado por Bretas a 23 anos de prisão por lavagem de dinheiro.

Paes também afirmou que a acusação de Pinto se baseia no depoimento de uma outra pessoa, o então executivo da Odebrecht Leandro Azevedo. Pinto disse ter ouvido de Azevedo que Paes receberia 1,75% do valor de uma obra que seria realizada pela construtora a um preço de R$ 600 milhões.

O ex-prefeito disse que Azevedo não teria citado seu nome quando prestou depoimento. Disse também que ao todo oito delatores teriam dito em seus depoimentos que ele nunca pediu propina.

Paes disse estranhar que a acusação de Pinto tenha surgido na semana do 1º turno da eleição e lembrou que o ex-secretário já havia prestado três depoimentos sem citar seu nome.

Paes disputa o segundo turno da eleição para o governo do Rio com o ex-juiz federal Wilson Witzel (PSC), que saiu na frente no primeiro turno com 41,3% dos votos. Paes teve 19,6%.

Na entrevista, Paes também apresentou propostas para a segurança pública, como realizar ações policiais preventivas e criar uma corregedoria independente para as polícias. Quando questionado sobre educação, afirmou ter construído 276 novas escolas quando era prefeito.

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