Bolsonaro e Haddad batem boca no Twitter sobre debate

Mirthyani Bezerra

Do UOL, em São Paulo

  • Arte/UOL

Os candidatos do PT e do PSL à Presidência da República protagonizaram um bate-boca no Twitter na tarde desta terça-feira (16).

A discussão começou com uma postagem de Jair Bolsonaro (PSL) em que chamava Fernando Haddad (PT) de "fantoche de corrupto", ao comentar o mea-culpa feito pelo petista sobre os governos Lula e Dilma Rousseff, que comandaram o país de 2003 a 2016, dizendo que a fala de Haddad era "conversa para boi dormir".

Haddad respondeu à postagem chamando Bolsonaro para o debate. O candidato do PSL tem se esquivado em confirmar ou negar a participação dele nos debates agendados nas emissoras de televisão. No sábado (13), disse em entrevista ao UOL que só participará dos debates do segundo turno "se achar que deve". "O povo quer ver você aparecer na entrevista de emprego", cutucou Haddad.

Em resposta, Bolsonaro chamou Haddad de "Andrade" e disse que "quem conversa com poste é bêbado". Ele ainda insinuou que Fernando Haddad poderia vir a ser preso, comparando-o com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que cumpre pena na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, desde abril.

Haddad respondeu ao ex-militar com uma foto de uma bancada de debate vazia. "Te espero aqui, deputado", diz a postagem. Bolsonaro postou um link do próprio site pedindo para que seus seguidores analisem "alguns dos planos de governo de cada candidato". "Tire suas conclusões", finalizou no momento em que Haddad concedia uma entrevista a uma rádio mineira. 

Troca de farpas após elogio de líder da KKK a Bolsonaro

Os dois já haviam batido boca mais cedo, após David Duke, ex-líder e um dos nomes mais conhecidos da KKK (Ku Klux Klan), ter feito elogios a Bolsonaro. Ele comentou a situação da política brasileira em um programa de rádio, conforme noticiou a BBC, afirmando que Bolsonaro "soa como nós", caracterizando-o como um candidato forte e nacionalista.

Haddad ironizou os elogios feitos por Duke a Bolsonaro em postagem no Twitter, dizendo que o seu adversário também estava compondo com aliados e somando forças. "Hoje ele recebeu o apoio da Ku Klux Klan", dizia o post. O grupo norte-americano começou a atuar em 1865, defendendo a supremacia branca sobre os negros e judeus, tendo praticado torturas e linchamentos contra negros nos EUA.

À postagem, Bolsonaro respondeu que recusava qualquer tipo de apoio vindo de grupos supremacistas. "Sugiro que, por coerência, apoiem o candidato da esquerda, que adora segregar a sociedade. Explorar isso para influenciar uma eleição no Brasil é uma grande burrice! É desconhecer o povo brasileiro, que é miscigenado"

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