Após nova avaliação, médico diz que decisão de ir a debates é de Bolsonaro

Hanrrikson de Andrade e Eduardo Lucizano

Do UOL, no Rio e colaboração para o UOL, em São Paulo

  • Divulgação/RedeTV

O cirurgião Antônio Luiz Macedo, chefe da equipe que atende o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta quinta-feira (18) que caberá ao político decidir se vai participar ou não dos debates no segundo turno.

O médico esteve nesta manhã na casa do pesselista, na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, para avaliar o andamento da recuperação do atentado a faca sofrido em 6 de setembro, em Juiz de Fora (MG).

Diferentemente do que aconteceu nas últimas consultas, os médicos não atenderam a imprensa após a avaliação.

Em nota, Macedo informou que Bolsonaro apresenta "boa avaliação clínica", mas que "depende de suporte nutricional" e ainda não está em plenas condições, pois segue com a bolsa de colostomia. O objeto fica colado ao corpo e faz a coleta de fezes e gases.

"Ele está bem, mas ainda tem a colostomia como fator limitante", declarou o médico do Hospital Albert Einstein (SP), que viajou ao Rio apenas para avaliar o político.

A nota, porém, não fala se Bolsonaro está liberado ou não para ir a debates e agendas de campanha nas ruas. Questionado pelo UOL sobre o comparecimento ou não aos debates, Macedo afirmou apenas que "ele decide".

O UOL tentou contato com a campanha de Bolsonaro, mas ainda não obteve resposta.

Na nota, o médico também informou que passou por uma "avaliação médica multiprofissional, de exames de imagem e laboratoriais, que se mostraram estáveis".

Além do "suporte tradicional", o político continuará a realizar fisioterapia para auxiliar no processo de recuperação.

O político foi submetido a duas cirurgias, sendo uma no dia do ataque para estancar uma hemorragia interna —que o levou a correr risco de morte— e outra, seis dias depois, para corrigir uma obstrução intestinal.

Durante a visita do médico, Bolsonaro também recebeu em seu apartamento o chileno José Antonio Kast, que foi candidato à Presidência do país vizinho. Ao sair, Kast conversou brevemente com os jornalistas e disse que o pesselista "está bem" e "com ânimo".

"Não sou médico, mas diria que ele se encontra afetado porque foi uma agressão brutal, mas está bem, com ânimo e convencido de que será o próximo presidente do Brasil", declarou.

Haddad cobra presença em debates

Líder nas pesquisas, Bolsonaro tem sido criticado pelo seu adversário, Fernando Haddad (PT), por não comparecer aos debates. Inclusive, os dois discutiram na última terça-feira (16) nas redes sociais e Bolsonaro disse que não iria debater com poste.

Logo após o anúncio da avaliação médica desta quinta, Haddad usou o Twitter para pedir novamente que Bolsonaro vá aos debates.

Com uma possível liberação, o presidenciável poderia, em tese, comparecer aos debates. Bolsonaro tem dito, no entanto, que o comparecimento ou não será definido de forma estratégica.

"Se achar que eu devo, eu participo. Se eu achar que não devo, não vou participar", afirmou ele em entrevista concedida ao UOL, no último sábado (13).

Na quarta-feira (17), após visita à Superintendência da Polícia Federal no Rio, Bolsonaro reafirmou que "tudo na política é estratégia" e que vai avaliar junto à sua equipe se valeria a pena comparecer aos debates.

"Tudo na política é estratégia. O Lula não compareceu a debate. O último da Rede Globo, não sei se foi em 2006 ou 2010. Entra tudo no meio, eu decido em equipe."

O concorrente ao Palácio do Planalto ainda não definiu como será a agenda de rua na reta final do pleito.

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