Filho de Bolsonaro diz que número banido pelo WhatsApp foi liberado

Eduardo Lucizano

Colaboração para o UOL, em São Paulo

  • Janaina Garcia/UOL

Filho do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) e senador eleito pelo Rio, Flávio Bolsonaro (PSL) informou, nesta sexta-feira (19), que seu número de telefone que havia sido banido pelo WhatsApp já foi desbloqueado pelo aplicativo. A empresa informou que o número havia sido banido "por comportamento de spam", mas que isso aconteceu há alguns dias.

Por volta do meio-dia, Flávio postou em sua conta no Twitter que seu "WhatsApp, com milhares de grupos, foi banido do nada, sem nenhuma explicação". "Exijo uma resposta oficial da plataforma", escreveu.

A publicação do filho de Bolsonaro acontece um dia depois de reportagem da "Folha de S. Paulo" afirmar que empresários compraram pacotes de disparos em massa mensagens contra o PT no aplicativo. Segundo o jornal, cada contrato chega a R$ 12 milhões e são para disparos de centenas de milhões de mensagens.

Cerca de duas horas depois, ele voltou a postar, desta vez para dizer que o número tinha sido desbloqueado.

"Meu telefone, cujo WhatsApp foi bloqueado, é pessoal e nada tem a ver com uso por empresas. O próprio WhatsApp informou que o bloqueio foi há dias, antes da Fake News da Foice de SP [forma pejorativa de se referir à "Folha de S.Paulo"]. Agora já foi desbloqueado, mas ainda sem explicação clara sobre o porquê da censura", escreveu.

O WhatsApp divulgou comunicado para explicar o caso envolvendo o filho de Bolsonaro. "O WhatsApp confirma que a conta do Flávio Bolsonaro foi banida por comportamento de spam, mas isso aconteceu há alguns dias. Não está relacionado às denúncias de ontem", diz a nota.

O texto diz ainda que um número ligado à ex-presidente Dilma Rousseff (PT) também foi banido. "Outra conta 'pública' que foi banida por spam durante o período eleitoral foi o "Dilmazap", da campanha da ex-presidenta".

WhatsApp notifica agências que dispararam mensagens

Outra matéria da Folha, desta sexta-feira, informa que o WhatsApp 'enviou notificação extrajudicial para as agências Quickmobile, Yacows, Croc services e SMS Market determinando que parem de fazer envio de mensagens em massa e de utilizar números de celulares obtidos pela internet, que as empresas usavam para aumentar o alcance dos grupos na rede social'. Além disso, a empresa teria banido do aplicativo contas associadas às agências citadas.

Um dos citados no esquema de mensagens contra o PT, o dono das lojas Havan, Luciano Hang, disse que ele e sua empresa estariam sendo acusados por algo que não fizeram.

Jair Bolsonaro também se manifestou sobre a publicação e disse saber que "fere a legislação" e não ter controle sobre as mensagens enviadas por empresários.

A prática, doação de campanha por empresas, está proibida conforme determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em entrevista para a BBC nesta sexta-feira, o WhatsApp disse que seria impossível fazer novas ações antes do segundo turno das eleições.

Em junho deste ano, o sistema de envio de mensagens encaminhadas foi reduzido no Brasil para no máximo 20 contatos. De acordo com a matéria, a empresa disse que uma mudança levaria meses e dependeria de muitos testes.

Receba notícias do UOL. É grátis!

UOL Newsletter

Para começar e terminar o dia bem informado.

Quero Receber

Veja também

UOL Cursos Online

Todos os cursos