Com Lula e "ele não", Haddad busca fôlego para a campanha no Ceará

Nathan Lopes

Do UOL, em Crato (CE)

  • Divulgação/Facebook Lula

    Haddad em Fortaleza com a mulher, Ana Estela (à direita, embaixo); Camilo Santana (esquerda, em cima); Guilherme Boulos, do PSOL; e Gleisi Hoffmann, presidente do PT

    Haddad em Fortaleza com a mulher, Ana Estela (à direita, embaixo); Camilo Santana (esquerda, em cima); Guilherme Boulos, do PSOL; e Gleisi Hoffmann, presidente do PT

Duas semanas após a definição do segundo turno, o candidato do PT a presidente, Fernando Haddad, começou, neste sábado (20), a realizar grandes atos de campanha junto à militância do partido. Um dos principais atos aconteceu em Crato (CE), cidade natal do governador reeleito do estado, Camilo Santana (PT), que o acompanhou durante toda a agenda pelo Ceará.

Em menos de 20 horas, Haddad passou pela capital, Fortaleza, além de Juazeiro do Norte e Crato. Na cidade de Santana, o candidato fez um discurso direcionado a um eleitorado fiel do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Agora, o petista tentará reverter o quadro apresentado pelas últimas pesquisas eleitorais, que apontam seu adversário, Jair Bolsonaro (PSL), com 59% dos votos válidos, enquanto Haddad tem 41%.

Em sua fala em Crato, ele reforçou seu elo com o ex-presidente. "A primeira vez que eu vim aqui, eu vim por uma encomenda de uma pessoa que vocês conhecem e gostam muito para criar a Universidade Federal do Cariri. Começa com L", disse. O público começou a gritar o nome de "Lula".

Entre os presentes, era possível ver alguns segurando máscaras com o rosto de Lula ou faixas pedindo a liberdade do ex-presidente. As bandeiras presentes tinham dois modelos: a do primeiro turno, com "Haddad é Lula" em vermelho, e a do segundo, com o nome do candidato nas cores da bandeira brasileira. O gesto de "L" com a mão direita também voltou a ser exibido.

A ligação com Lula foi lembrada no momento em que ele disse que é candidato há pouco mais de um mês "porque a Justiça não fez justiça". "Eu era vice na chapa e assumi na missão de levar esse projeto à frente".

Haddad reforçou seus feitos durante sua gestão como ministro da Educação e disse se orgulhar do nível que o setor alcançou no Ceará.

Sobre a ida a Juazeiro, ele disse que já está abençoado pelo Padre Cícero e que fez seus três desejos: paz, amor e o "terceiro é segredo, só conto dia 29 [um dia após o segundo turno]".

Contra Bolsonaro, Haddad mencionou que não é possível deixar o "preconceito vencer" e reforçou o pedido por debate com o oponente. "Se for na casa dele, eu vou. Se for na minha casa, eu vou. Mas uma pessoa não pode se acovardar tanto."

Ele voltou a chamá-lo de "soldadinho de araque", em referência às denúncias de sobre uso de disparos de mensagens de WhatsApp contra o PT. A plateia começou a gritar "Ele não", frase de movimento de mulheres contra Bolsonaro.

"No primeiro turno, o Brasil inteiro foi exposto a mentiras dele para acabar com a eleição no primeiro turno. Só que Deus não quis", disse. Haddad ainda terá agenda no Piauí e no Maranhão, outros polos de apoio petista antes de retornar a São Paulo.

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