Atos pró-Bolsonaro são realizados nas cinco regiões do país
Do UOL, em São Paulo*
Apoiadores do candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, saíram às ruas em cidades das cinco regiões do país neste domingo (21), um dia depois de protestos contra o político também em vários pontos do Brasil.
Em muitos lugares, os participantes dos atos ironizaram a denúncia feita em reportagem da Folha de S. Paulo, na quinta (18), de que empresários aliados de Bolsonaro financiaram um esquema de propaganda ilegal contra o PT e seu candidato, Fernando Haddad, pelo WhatsApp. Com caixas de papelão, manifestantes se vestiram como "caixa 2". O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) abriu investigação sobre o caso.
Em vídeo ao vivo exibido em um telão montado no ato na avenida Paulista, em São Paulo, Bolsonaro disse que "a Folha de S. Paulo é a maior fake news do Brasil". Apesar de tal fala, o candidato também defendeu a imprensa livre. Bolsonaro também prometeu "varrer do mapa esses bandidos vermelhos do Brasil".
No Rio, o ato foi na praia de Copacabana, zona sul da cidade. O candidato do PSC ao governo fluminense, Wilson Witzel, participou do evento. Lá, a denúncia de propaganda ilegal parecia não ter afetado os apoiadores de Bolsonaro.
"Foram 27 anos de parlamentar sem corrupção. É um homem íntegro, honesto, os políticos corruptos querem a cabeça dele", afirmou o empresário do setor de transportes Alberto Menezes, 48, que participou do ato no Rio.
Em São Paulo, o ato aconteceu na avenida Paulista e teve a presença do candidato do PSDB ao governo estadual, João Doria, que foi vestido com uma camisa com a estampa "#BolsoDoria". Apesar de não ter recebido nenhum apoio formal de Bolsonaro, Doria tem feito o possível para se associar ao candidato do PSL, que teve a maioria dos votos dos paulistas no primeiro turno.
A manifestação na capital paulista também contou com a presença de Janaina Paschoal (PSL), eleita deputada estadual com a maior votação do país, e de Major Olimpio (PSL), eleito senador pelo estado.
Participantes do ato vestiam camisas com a frase "Meu partido é o Brasil", idênticas à usada por Bolsonaro quando foi esfaqueado em Juiz de Fora (MG), no começo de setembro. Também foram exibidos bonecos infláveis gigantes do vice na chapa de Bolsonaro, general da reserva Hamilton Mourão (PRTB), e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em trajes de presidiário. Um boneco representando Lula preso também apareceu no ato pró-Bolsonaro realizado em Curitiba.
Outro candidato que foi a um ato pró-Bolsonaro foi Romeu Zema, do Novo, que disputa o governo mineiro. No entanto, sua participação no evento em Belo Horizonte não foi tranquila. Zema foi vaiado e xingado de "oportunista" por manifestantes.
"É normal em um sistema democrático, ninguém satisfaz a todos", disse o candidato, que lidera as pesquisas de intenção de voto no estado.
Foram recorrentes em diferentes atos cartazes em defesa do voto impresso, uma das bandeiras de Bolsonaro, e contra o retorno do PT ao governo federal.
Também foram realizadas manifestações a favor de Bolsonaro em cidades como Porto Alegre, Brasília, Salvador, Recife, Fortaleza, Natal, Belém, Goiânia, Cuiabá, Vitória, Vila Velha (ES) e Niterói (RJ), além de municípios no interior paulista, como Campinas, Ribeirão Preto, Bauru e Piracicaba.
Segundo a pesquisa Datafolha de quinta (18), Bolsonaro tem 59% da intenção de votos válidos, contra 41% para Haddad.
* Com AFP e Estadão Conteúdo
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