Após micareta no MA, Haddad promete gás barato e aumento do Bolsa Família

Nathan Lopes e Leandro Prazeres

Do UOL, em São Luís e em Brasília

Na tentativa de consolidar e expandir seu eleitorado na região Nordeste, o candidato à Presidência da República Fernando Haddad (PT) prometeu aumentar em 20% o valor dos benefícios do Bolsa Família e implementar um teto de R$ 49 no valor do gás de cozinha. As promessas foram feitas durante um discurso neste domingo (21) em São Luis (MA).

Ao lado do governador reeleito do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e da sua mulher, Ana Estela, Haddad prometeu que, se for eleito, o aumento no valor do Bolsa Família e a redução no preço do gás entrariam em vigor em janeiro de 2019.

"Quero dizer para vocês. Bolsa Família em janeiro: 20% de acréscimo. Porque as famílias estão sofrendo muito. Quem tem hoje um benefício de R$ 200 vai passar a ter um benefício de R$ 240, para enfrentar a carestia", disse Haddad, que não explicou de onde sairiam os recursos para bancar o reajuste.

O candidato também apresentou um limite de valor para o gás de cozinha. "Eu quero avisar que no dia 1º de janeiro, vamos tomar uma medida. Em nenhum lugar do país, o gás vai poder custar mais que R$ 49", disse.

A ida a São Luís faz parte de uma série de viagens que Haddad iniciou na semana passada em direção ao Nordeste, região onde o PT conseguiu suas principais vitórias no primeiro turno das eleições.

A fala sobre o gás e o Bolsa Família levou os espectadores do discurso ao delírio. A todo momento, se ouvia o termo "virada" de políticos e apoiadores. Haddad pediu um esforço dos apoiadores para tentar conquistar um ponto percentual por dia da diferença para Bolsonaro. 

Nathan Lopes/UOL
21.out.2018 - Ato do PT com Fernando Haddad reuniu apoiadores neste domingo

Micareta

O candidato do PT percorreu a pé e em carro aberto as ruas do bairro Anil, na periferia de São Luís, por cerca de uma hora na manhã deste domingo. A região parecia receber uma micareta, em um Carnaval fora de época. 

Uma fanfarra tocava músicas populares, como "Anna Julia", do grupo Los Hermanos, e canções do grupo Chiclete com Banana, além de jingles da campanha executados pelo sistema de som.

Haddad só se soltou quando Flávio Dino começou a pular no carro aberto. O petista também se agitou e cantou junto.

O ato foi marcado ainda por gritos de "ele não" e manifestações lembrando a vereadora Marielle Franco, assassinada em março. Haddad segurou uma placa de trânsito com o nome dela, como a que foi destruída por apoiadores de Bolsonaro.

O petista ainda distribuiu rosas aos apoiadores, que tentavam abraçá-lo a todo custo.

O bairro estava cheio de adesivos sobre a candidatura do petista. Outros mais antigos traziam Dino ao lado de candidatos a deputado, sempre sem a figura do presidenciável. Ao contrário dos atos no Ceará no sábado, não se viam manifestações pró Bolsonaro.

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