Eleições 2018

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O UOL, em parceria com a "Folha de S. Paulo" e o SBT, realiza nesta terça-feira (23) um debate de segundo turno com os candidatos ao governo de São Paulo e Rio de Janeiro. O evento será realizado a partir das 18h10 (de Brasília), nos estúdios do SBT em cada estado, e será transmitido ao vivo nas redes sociais dos três veículos.

Participam do debate os candidatos do segundo turno: Márcio França (PSB), candidato à reeleição, e João Doria (PSDB), em São Paulo; e Wilson Witzel (PSC) e Eduardo Paes (DEM), no Rio.

No Distrito Federal, os veículos farão uma entrevista com o candidato Rodrigo Rollemberg (PSB) uma vez que e Ibaneis Rocha (MDB) desistiu de participar do debate.

No caso dos debates, o evento terá três blocos. No primeiro, os candidatos farão três perguntas livres um para o outro, com direito a réplica e tréplica. No segundo bloco, os três jornalistas (um de cada veículo organizador) farão perguntas aos candidatos. 

No terceiro e último bloco, assim como no primeiro, os candidatos voltam a fazer três perguntas livres um para o outro. Ao final deste bloco, cada candidato terá 1min30 para fazer suas considerações finais. 

Este é o penúltimo debate entre governadores, que voltam a se encontrar pela última vez no debate realizado pela TV Globo na quinta-feira (25). 

São Paulo

Márcio França e João Doria protagonizam o pleito mais disputado das eleições estaduais paulistas desde 2002, quando houve um segundo turno. A última pesquisa Datafolha, divulgada na quinta (18), mostra Doria com 53% dos votos válidos (que exclui os nulos, brancos e indecisos) e França com 47% das intenções. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

O tom da campanha dos dois candidatos é ácido, não à toa os últimos debates têm sido marcados por troca de acusações e discussões ríspidas.

A estratégia de Doria é aproveitar a onda antipetista do pleito presidencial e grudar o nome de França ao PT e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além disso, o ex-prefeito se coloca repetidamente como apoiador de Jair Bolsonaro (PSL), líder nas pesquisas recentes de intenção de voto à Presidência, para atrair o eleitorado do capitão reformado no estado.

Já França anunciou neutralidade na disputa presidencial, enquanto o partido decidiu apoiar Haddad, mas vem utilizando aliados para atrair os votos de seguidores de Bolsonaro como a sua vice, Coronel Eliane Nikoluk, e o senador eleito Major Olimpio (PSL). Em sua campanha, ele se coloca como alternativa aos partidos tradicionais, tais como PT e PSDB. Sempre que possível, França também vem reforçando a estratégia de que Doria é o "traidor do PSDB e de Geraldo Alckmin". 

Rio de Janeiro

A disputa entre Wilson Witzel e Eduardo Paes, no Rio, também é marcada por um clima enérgico, com direito a ameaça do ex-juiz de dar voz de prisão a Paes no meio de um debate. 

Em um cenário marcado pelo desgaste dos políticos tradicionais, Witzel surfou na onda de Bolsonaro e, de "nanico" nas pesquisas, saltou até o segundo turno, no qual, segundo o último Datafolha, lidera com 61% dos votos válidos, contra 39% do ex-prefeito do Rio de Janeiro. 

Distrito Federal

No DF, o pleito ficou marcado pela surpresa do segundo turno entre Ibaneis Rocha, que somava 2% nas pesquisas no começo da campanha, e Rodrigo Rollemberg, que busca a reeleição e sempre esteve entre os primeiros colocados, mas nunca na liderança. 

O Datafolha mostra que Ibaneis tem 75% dos votos válidos, em ampla vantagem de Rollemberg, que marca 25% das intenções.