O TRE-SP (Tribunal Regional Estadual de São Paulo) deu três decisões para suspender a veiculação de materiais da campanha de Márcio França (PSB) com ofensas a João Doria (PSDB). Além disso, a campanha tucana obteve dois direitos de resposta sobre as peças publicitárias do adversário. As medidas foram oficializadas nesta quarta-feira (24).

Uma das ações garantiu que a chapa de Doria use três minutos (divididos em 6 comerciais) em cada emissora de TV, que serão utilizados pela Coligação Avança São Paulo. Neste caso, o governador veiculou nas propagandas que "Doria recebeu uma fortuna dos governos do PT", entendimento contrário ao da Justiça. A resposta já está sendo veiculada pelas televisões nesta quinta-feira (25).

Em outro processo, foi determinado que a candidatura de França publique em sua página do Facebook, até o final da campanha, um vídeo de 30 segundos para que Doria se retrate sobre acusações de que ele teria "mandado bater" em professores. O vídeo deverá ser publicado até esta sexta-feira (26).

Outra decisão, em que ainda não houve direito de resposta, é sobre a alegação de que o tucano comprou um avião com dinheiro do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

O juiz eleitoral Mauricio Fiorito considerou que a "peça propagandística veicula fato sabidamente inverídico, em nítida distorção dos fatos reais, com a finalidade de confundir o eleitorado, com notório reflexo na campanha eleitoral do segundo turno". A campanha de João Doria tenta direito de resposta, que deve ser julgado nesta sexta-feira (26).

As afirmações feitas por França em peças publicitárias já tinham sido usadas para atacar Doria nos debates da Record e da Band. Os dois debates foram marcados por intensas acusações e trocas de ofensas.