Ativistas homenageiam vítimas da ditadura militar em Belo Horizonte

Carlos Eduardo Cherem

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte

  • Divulgação

    Preso durante o regime militar, o ex-vereador Betinho Duarte (de camisa roxa) leu o nome das 58 pessoas assassinadas e desaparecidas no período

    Preso durante o regime militar, o ex-vereador Betinho Duarte (de camisa roxa) leu o nome das 58 pessoas assassinadas e desaparecidas no período

Cerca de 200 manifestantes do PT, PSDB, PSOL, PCB e Rede fizeram um ato, neste sábado (27), no monumento em homenagem a 58 mortos e desaparecidos durante a ditadura militar (1964-1985), em frente ao prédio do antigo Dops (Departamento de Ordem Política e Social), na zona sul de Belo Horizonte.

Preso e torturado durante o regime militar, o ex-vereador Betinho Duarte (PT) leu o nome de cada uma das 58 pessoas assassinadas e desaparecidas no período, listadas no monumento. Os ativistas respondiam "presente".

"As vítimas eram jovens idealistas como nós, que hoje estamos lutando pela democracia, contra a tortura e contra a ditadura", afirmou Duarte.

Criado pelo arquiteto gaúcho Tiago Balem, o monumento foi construído em 2013, durante o governo de Antônio Anastasia (PSDB) em Minas Gerais. A escultura tem uma forma que lembra a bandeira brasileira vazada e traz os nomes dos opositores da ditadura militar, as idades e a data da morte de cada um deles.

O nome mais famoso listado no monumento é o da estilista mineira Zuzu (Zuleika) Angel Jones (1921-1976), morta enquanto fazia denúncias públicas sobre o desaparecimento do filho, Stuart Jones (1946-1971), perseguido pela ditadura militar.

"Haddastasia"

Em diversos pontos da avenida do Contorno, apoiadores do candidato do PT à Presidência Fernando Haddad fizeram bandeiraços e distribuíram material de campanha do candidato neste sábado (27). Houve ainda diversas carreatas na região metropolitana na tentativa de conversar com indecisos e virar votos para o petista.

Na Praça Sete, no hipercentro de Belo Horizonte, eleitores de Haddad e grupos que faziam campanha para o candidato Antonio Anastasia (PSDB) se confraternizavam, trocavam material de campanha e pediam ajuda para virar os votos para os dois candidatos.

Pesquisa divulgada nesta sexta-feira (26), pelo Datafolha, da disputa de segundo turno em Minas Gerais aponta o adversário de Anastasia, Romeu Zema (Novo), com 62% dos votos válidos e, o tucano, com 32%.

"Fora Andrade"

Apoiadores do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) se reuniram neste sábado (26) na região da Pampulha, em Belo Horizonte. O ato ocorreu na praça Geralda Damata Pimentel, que homenageia a mãe do governador Fernando Pimentel (PT), derrotado em sua tentativa de reeleição, com a presença de um trio elétrico.

 Palavras de ordem contra Haddad deram o tom da mobilização. Aos gritos de "fora Andrade", numa referência a um dos nomes que eleitores nordestinos chamaram o petista durante a campanha, ativistas pró-Bolsonaro tomaram diversas ruas no entorno da praça Geralda Damata Pimentel, com palavras de ordem contra o petista: "A sua hora chegou, a petralhada vai largar o poder, algo que eles tanto queriam".

O ativistas se definiam como "a, e, i , o, u, marqueteiros do Jair", durante o ato de campanha.

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