Ibope e Datafolha apontam queda na vantagem de Witzel no RJ

Do UOL, em São Paulo e no Rio*

  • Arte/UOL

Pesquisas Ibope e Datafolha divulgadas neste sábado (27) apontam queda na vantagem de Wilson Witzel (PSC) na liderança da disputa para o governo do Rio de Janeiro. 

Segundo o Ibope, o candidato do PSC tem 54% das intenções de votos válidos no segundo turno das eleições. Seu adversário, Eduardo Paes (DEM), tem 46%. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. 

O Ibope entrevistou 2.002 pessoas entre quinta (25) e este sábado (27). A pesquisa foi contratada pela TV Globo e pela Editora Globo e registrada no TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro) sob o número RJ-00213/2018.

no Datafolha, Witzel aparece com 53% dos votos válidos, e Paes, com 47%. O instituto entrevistou 3.008 pessoas, entre sexta (26) e sábado (27). A pesquisa foi contratada pela Folha de S. Paulo e pela Rede Globo. O levantamento foi registrado sob o número RJ-08582/2018. 

Entre os votos totais, Witzel tem 44% e Paes, 40%, segundo o Datafolha. Votos nulos e brancos são 9%, e os que não sabem ou não responderam, 7%. A margem de erro da pesquisa também é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, o que deixa os candidatos no limite do empate técnico

O nível de confiança estimado das duas pesquisas é 95%. Isso significa que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral.

São considerados votos válidos aqueles que excluem brancos e nulos, ou seja, os que necessariamente são declarados a favor de uma candidatura. Nas pesquisas de intenção de voto não é possível estimar o índice de abstenção - quando os eleitores não comparecem à votação.

Na pesquisa anterior do Ibope, divulgada no dia 23 de outubro, Witzel aparecia com 56% dos votos válidos e Paes, com 44%. O último Datafolha, divulgado no dia 25 de outubro, trouxe o mesmo resultado. 

O Datafolha mediu também a avaliação dos candidatos no debate da TV Globo, que aconteceu na sexta. Entre os entrevistados que assistiram (49%) avaliaram que Paes se saiu melhor, ante 34% que preferiram o desempenho de Witzel. A avaliação pode explicar em parte a diminuição da diferença entre os dois candidatos na pesquisa. 

No Ibope, Witzel tem 45% dos votos totais, e Paes, 38%. Os votos nulos e brancos são 12% e os que não sabem ou não responderam, 5%.

O Ibope também mediu o índice de rejeição e o potencial de voto dos candidatos. Segundo o instituto, 43% disseram que não votariam em Paes de jeito nenhum. Para Witzel, o percentual de rejeição é de 25%.

Veja os dados completos sobre rejeição e potencial de voto em Witzel e Paes, de acordo com a pesquisa Ibope:

Eduardo Paes:

  • 27% com certeza votariam em Paes
  • 17% poderiam votar nele
  • 43% não votariam nele de jeito nenhum
  • 11% não o conhecem o suficiente para opinar
  • 1% não souberam ou preferiram não responder


Wilson Witzel:

  • 34% com certeza votariam em Witzel
  • 15% poderiam votar nele
  • 25% não votariam nele de jeito nenhum
  • 25% não o conhecem o suficiente para opinar
  • 2% não souberam ou preferiram não responder

Após a divulgação das últimas pesquisas, Paes manifestou otimismo com os números apresentados. "Empatamos tecnicamente como previsto. Eu falei que chegaríamos no cangote dele no dia da eleição", afirmou o candidato do DEM. "Chegamos sábado à noite no cangote dele."

"Cai dentro! Vamos virar essa história. Não dá para deixar o Rio na mão dessa gente", acrescentou. "Estou falando aqui, pelo amor que vocês sabem que eu tenho pelo Rio."

Paes afirmou ainda que ficaria nas ruas da zona oeste do Rio até as 22h de sábado.

Já Wilson Witzel encerrou o último dia de campanha com uma live transmitida em frente à casa do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), na Barra da Tijuca, zona oeste da capital.
Ao lado do vice Cláudio Castro (PSC), ele comentou as pesquisas que mostraram a diminuição da distância entre ele e Paes.

Witzel chamou o instituto de "Datafake" e afirmou que o resultado é manipulado, rechaçando a queda. "A nossa distância é gigantesca e amanhã, nas urnas, não vai ser diferente porque o Rio de Janeiro deseja mudança e a mudança é esse povo que está aqui", afirmou cercado por apoiadores.

A live foi encerrada com gritos de "nervosinho pode esperar, a Lava Jato vai te pegar", uma referência à investigação do ex-prefeito Eduardo Paes em um dos inquéritos da operação Lava Jato sobre obras no Rio de Janeiro.

A campanha eleitoral no Rio vem sofrendo influência da eleição presidencial. Witzel surpreendeu no primeiro turno ao se tornar o candidato mais votado no estado, após um esforço para associar sua imagem ao presidenciável Jair Bolsonaro.

Nos últimos debates, Paes tentou minar as tentativas de Witzel de ser visto como o candidato de Bolsonaro e fez elogios ao candidato a presidente.

Já o próprio Bolsonaro tem se declarado neutro na disputa ao governo do Rio, mas seu filho Flávio, senador eleito no estado, apoiou Witzel na reta final do primeiro turno.

* Colaboraram Marcela Lemos e Pauline Almeida, no Rio de Janeiro

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