Análise: Ciro Gomes deu um tiro no pé ao se exilar no segundo turno

Do UOL, em São Paulo

O candidato derrotado à presidência Ciro Gomes (PDT) deu um tiro no pé ao ser uma figura ausente no segundo turno das eleições presidenciais, na visão do cientista político Claudio Couto. Para ele, Ciro perdeu a chance de se colocar como uma liderança de oposição ao agora presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

"A meu ver, deu um tiro no pé nesse movimento que ele fez. E por que eu entendo que ele deu um tiro no pé? Porque ao se posicionar da forma como ele se posicionou, indo para o exílio praticamente durante todo segundo turno, voltando de véspera e se omitindo com relação ao posicionamento, numa reta final em que finalmente a candidatura Haddad começava a assumir certos ares de frente democrática mesmo com todas dificuldades, com todas as limitações que o PT impunha, o Ciro Gomes deixou se perfilar desse lado".

Claudio Couto afirma que a oposição a Bolsonaro, até pelo discurso que ele apresentou, terá que ser em defesa da democracia. Ciro, no entanto, demonstrou estar mais preocupado com os seus próprios interesses do que com o país. "Da maneira como fez, se isolou, causou um baita de um rechaço dentro da própria frente que se formava, muita gente vendo a posição do Ciro como uma posição auto centrada, auto interessada e que deu de costas ao que será o futuro do país nesse próximo período. E com isso acho que também perdeu a possibilidade de se credenciar com essa alternativa", completou.

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