Se Bolsonaro vencer, transição pode começar já neste domingo, diz filho

Rodrigo Mattos

Do UOL, no Rio de Janeiro

  • Reprodução/Twitter

    O senador eleito pelo Rio Flávio Bolsonaro (PSL) vota neste domingo (28)

    O senador eleito pelo Rio Flávio Bolsonaro (PSL) vota neste domingo (28)

Caso o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) seja eleito, a intenção é iniciar a transição o mais rápido possível, talvez até no próprio domingo (28). A afirmação foi feita pelo senador eleito e filho do presidenciável Flávio Bolsonaro (PSL), ao votar pela manhã, na zona norte do Rio de Janeiro. Ele também rechaçou que Bolsonaro e seu grupo político representem qualquer ameaça à democracia.

Em caso de vitória, o senador afirmou que não vê empecilhos para uma transição com o governo do presidente Michel Temer da forma mais rápida possível. "A gente está muito querendo resgatar o Brasil. Tem muita coisa para ser feita, tem muita coisa para ser desfeita", disse.

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Sobre o plano e medidas de um governo Bolsonaro, ele disse que "tem muita coisa rascunhada, mas tem que esperar a eleição". "Não vai ter no governo do Bolsonaro ninguém que não seja competente para estar nas respectivas pastas. Otimizar, enxugar a máquina e fazer o dinheiro chegar onde está a necessidade do povo", afirmou.

Ele disse que espera uma vitória por larga margem de pontos, maior do que indicam os institutos Datafolha e Ibope. Para ele, acabou a credibilidade desses institutos.

Na noite deste sábado (27), levantamentos do Datafolha e Ibope trazem Bolsonaro na liderança, mas os números indicam que diminuiu a diferença sobre Haddad na reta final da campanha. Na primeira, teve 55% dos votos válidos contra 45% do candidato do PT, Fernando Haddad. Na segunda, 54% contra 46% do petista.

Varrer vermelhos no 'sentido figurativo'

Flávio Bolsonaro afirmou que, caso eleito, seu pai irá governar para "todo mundo" e não haverá mais recurso para ONGs ou veículos de comunicação que fazem "militância contra a gente". Segundo ele, esse foi o sentido do discurso de seu pai no último domingo, quando falou em "varrer vermelhos".

"Não é bélico de nada [o discurso]. É em sentido figurativo. Vocês gostam de... Os caras do PT vêm falando que vão fechar o Supremo, ninguém... uma onda pequenininha. O outro fala em um tom de brincadeira, em uma situação hipotética, e acabou o mundo [sobre a fala de seu irmão Eduardo de fechar o STF]. Da nossa parte, não tem nada. Ninguém respeita tanto a democracia como nós, ninguém respeita tanto a diferença como a gente", disse o senador eleito.

"A gente não deu cusparada em ninguém, não tacamos ovo em ninguém, não demos facada em ninguém. A gente foi vítima da violência que a gente combate", afirmou.

Com a decisão de neutralidade de seu pai Jair Bolsonaro, Flávio não se manifestou em favor de nenhum dos dois candidatos ao governo do Rio, Wilson Witzel (PSC) e Eduardo Paes (DEM). Ele tinha apoiado o candidato do PSL no primeiro turno, mas também já gravou vídeo simpático a Paes no segundo turno.

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