'Certeza que Alckmin vota em mim' e 'de virada é mais gostoso', diz França

Janaina Garcia

Do UOL, em São Paulo

  • Aloisio Mauricio /Fotoarena/Folhapress

    França se animou com os resultados das últimas pesquisas eleitorais

    França se animou com os resultados das últimas pesquisas eleitorais

O candidato ao governo de São Paulo, Márcio França (PSB), comemorou neste domingo (28) a vantagem numérica sobre o adversário, o ex-prefeito João Doria (PSDB), na pesquisa Datafolha divulgada no sábado.

Após votar às 10h30 em um colégio na zona sul de São Paulo, França brincou ao falar dos prognósticos ("de virada é mais gostoso") e mostrou-se confiante em relação ao apoio de Geraldo Alckmin - nome emblemático do partido do seu adversário.

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"Tenho certeza que ele [Alckmin] vai apertar o 40 [número do PSB]. Falamos sobre todo o processo — ele foi a primeira pessoa que eu procurei quando acabou o primeiro turno", disse.

França chegou ao local de votação acompanhado da mulher, a professora Lúcia França.

A vice de França, coronel da Polícia Militar Eliane Nikoluk votou hoje de manhã em um colégio em São José dos Campos (Vale do Paraíba), sua cidade natal. Ela foi acompanhada do marido, o também coronel da PM Paulo Luiz Scachetti Júnior.

"A expectativa é muito boa, porque sei que estou do lado correto. Fizemos uma campanha positiva, que privilegiou a divulgação de propostas e do currículo do candidato, mostrando quem é quem", avaliou. Nikoluk é uma das cotadas para assumir a Segurança em um eventual novo governo França.

Pesquisas

Segundo o Datafolha, França tem 51% das intenções de voto, contra 49% de Doria. Como a margem de erro é de 2 pontos percentuais, tecnicamente os candidatos estão empatados. O Ibope vê ambos com 50% das intenções de voto.

"Acho que a partir do último debate [quinta passada, na TV Globo] houve uma mudança, em função da minha visão e o desempenho inseguro do meu concorrente, na minha avaliação. O desempenho dele não foi compatível com os outros debates que ele tinha feito, e acho que isso foi decisivo para que pudéssemos mudar a curva. Eu comecei com 3% nas pesquisas, tenho que ser otimista", declarou.

O pessebista novamente criticou Doria, que tem afirmado ser esta uma "campanha suja".

"É aquela coisa: no final, o sujeito agarra até um fio desencapado para tentar alguma coisa. Porque, como diz, para aquele que está se afogando, qualquer jacaré é boia. Ele quer mais uma vez finalizar a eleição mentindo", definiu.

A exemplo do que fez em todo o segundo turno, França não se posicionou sobre os presidenciáveis Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).

"Desde o início eu disse que ia ficar neutro. Claro que eu votei [em um deles]. Mas eu tenho relação superficial com ambos", desconversou.

"Vai ser bom pro Brasil que o novo presidente tenha apoio e tenha algum tipo de estabilidade — e bom senso entre os extremos faz sempre bem. Me posicionei sempre assim, não vai ser agora que vou criar inimizades", concluiu.

Doria, por sua vez, declarou voto em Bolsonaro. Padrinho político de Doria, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), quarto colocado na sucessão presidencial, não participou de nenhum ato de campanha de seu ex-afilhado no segundo turno estadual.

França se recupera de uma pneumonia, confirmada por seus médicos na última quinta-feira (25). 

Na Baixada Santista

Após a votação em São Paulo, França foi até São Vicente (Baixada Santista) acompanhar o voto da mulher. Ele foi prefeito da cidade antes de se eleger deputado federal; hoje, o prefeito é seu cunhado, Pedro Gouvêa (MDB), irmão de Lúcia França.

Lá, citou trecho da Bíblia ao se dizer confiante no resultado. "Diz o Salmo 40: 'Esperai com paciência que o Senhor dá o caminho'", disse. "A única verdade que vai restar [ao final da campanha] é a da onda", completou, sobre as últimas pesquisas.

À tarde, retorna para São Paulo, onde acompanha a apuração dos votos do Palácio dos Bandeirantes. O pessebista deve se manifestar sobre o resultado à noite em um evento no bairro da Liberdade, região central da cidade.

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