Bolsonaro vota no Rio sob forte segurança e com correria em zona eleitoral

Hanrrikson de Andrade e Gustavo Maia

Do UOL, no Rio

O presidenciável e deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) votou por volta das 9h15 deste domingo (28), ao lado da mulher, Michelle, usando colete à prova de bala e sob esquema de segurança reforçado. Houve confusão e correria no entorno da Escola Municipal Rosa da Fonseca, na Vila Militar, zona oeste do Rio. 

Após driblar a imprensa na chegada ao local, Bolsonaro deixou rapidamente o colégio para cumprimentar eleitores e foi abordado por uma multidão de jornalistas e apoiadores. Os policiais federais da escolta do candidato e militares da Polícia do Exército agiram de forma truculenta para afastar os que tentavam se aproximar dele. Bolsonaro não falou nada, apenas acenou para o público.

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No retorno para casa, a comitiva parou e o candidato saudou seus apoiadores, reunidos no endereço de Bolsonaro na Barra da Tijuca. Após o aceno do deputado, eleitores no local o chamaram de "mito". Os seguranças demonstraram apreensão e um policial federal chegou a gritar com um colega para que o carro entrasse logo no condomínio.

Após votar, Bolsonaro acena para eleitores em frente à sua casa

Diferentemente do primeiro turno, foi montado um rígido esquema de segurança também no local de votação. O acesso à zona eleitoral foi cercado por grades, e policiais federais e militares do Exército fazem patrulhamento ostensivo. Todos os eleitores passam por revista, inclusive com detector de metais.

Na noite deste sábado (27), Bolsonaro apareceu na liderança das pesquisas de intenção de voto do Datafolha e do Ibope. Na primeira, teve 55% dos votos válidos contra 45% do candidato do PT, Fernando Haddad. Na segunda, 54% contra 46% do petista.

Thiago Ribeiro/AGIF
Eleitores são revistados na Vila Militar, no Rio, onde vota Bolsonaro (PSL)

Escoltado e ovacionado no caminho

Escoltado por agentes da Polícia Federal e ovacionado por apoiadores, ele saiu do condomínio onde mora, na orla da Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense, às 8h44, rumo à sua zona eleitoral.

Policiais militares vasculharam a região e interditaram a avenida Lúcio Costa para garantir trânsito livre à comitiva do candidato, formada por cinco carros pretos e motocicletas com homens do Batalhão de Choque da PM.

Campanha cita risco de novo atentado

Desde que o candidato foi vítima de uma facada durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG), no dia 6 do mês passado, sua segurança é alardeada como o maior motivo de preocupação pela cúpula da campanha e pelo próprio Bolsonaro.

Bolsonaro e integrantes da equipe afirmam que há ameaças de um novo atentado contra ele. Questionada pela reportagem, a Polícia Federal não comentou. Por lei, a corporação é responsável pela segurança dos candidatos ao Palácio do Planalto desde a oficialização das candidaturas, entre julho e agosto.

Segurança reforçada

Para planejar o dia da votação, policiais militares percorreram na sexta e no sábado os arredores da casa de Bolsonaro.

A reportagem ouviu agentes discutindo como seria a interdição do perímetro. A PM do Rio foi procurada três vezes pela reportagem, por email e telefone, para se manifestar sobre o esquema de segurança montado para este domingo, mas não respondeu.

No segundo turno, a PF ampliou para 35 o número de agentes que se revezam para proteger o presidenciável.

Segundo o presidente em exercício do PSL, Gustavo Bebianno, a previsão da polícia é que 500 mil pessoas se reúnam na frente da casa de Bolsonaro. "Isso aqui vai ficar o caos", comentou, na manhã de sexta (26).

Foi cogitada possibilidade de não votar

Desde terça-feira (23), os deslocamentos de Bolsonaro de sua casa para a mansão onde foi montado o estúdio de produção dos seus programas eleitorais, no Jardim Botânico, zona sul do Rio, passaram a ser escoltados pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar.

No mesmo dia, o presidente em exercício do PSL aventou a possibilidade de Bolsonaro nem sair para votar no domingo por causa dos riscos identificados por sua equipe de segurança.

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