Kim: "Não acredito que as fake news tenham tanto impacto nessas eleições"

Do UOL, em São Paulo

O deputado federal eleito Kim Kataguiri (DEM) minimizou o impacto das fake news durante o processo eleitoral. Na visão dele, as notícias falsas disseminadas pelas redes sociais não foram preponderantes para que Jair Bolsonaro (PSL) derrotasse Fernando Haddad (PT), no pleito presidencial. 

"Eu não acredito que as fake news tenham tanto impacto nessas eleições como tem sido divulgado, como tem sido falado. Porque pelo que vejo, as razões pelas quais as pessoas votaram no Bolsonaro, como a pauta de segurança pública, não ter processos, honestidade, sempre ter sido um outsider na Câmara; e as razões por terem votado em Fernando Haddad, de ser um cara de esquerda, de ter o apoio do Lula, de ter ligação com o governo que viveu um bom momento, são informações verdadeiras. Acho que os principais embasamentos para os eleitores votarem nos seus candidatos, pelo menos o que eu percebi na campanha, são informações verdadeiras. Acho que o impacto das fake news é mais residual do que qualquer coisa", disse Kim.

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Kim Kataguiri, no entanto, acredita que notícias falsas devem ter sido distribuídas em redes sociais durante as campanhas. Para o deputado, porém, é difícil descobrir a origem das fake news e se as campanhas dos candidatos estiveram por trás da disseminação desse tipo de conteúdo.

"Acho possível que tenha acontecido [fake news], mas também acho muito difícil de comprovar. O WhatsApp, ou mesmo o próprio Facebook em que você tem rastrear os autores, você tem não só aqui, mas nos Estados Unidos também o costume de não cumprir decisões judiciais e de pagar multa posteriormente imposta pela Justiça. O WhatsApp é pior ainda. Ele não abre a criptografia de maneira alguma, fica no seu princípio de que o contrato é soberano, do qual eu concordo e então isso faz com que seja muito difícil de rastrear. Mesmo o MBL, que utiliza o WhatsApp como uma das principais redes sociais, não sabe o alcance exato que se tem, porque é muito no sentimento. É muito na quantidade de pessoas que fazem com que aquele conteúdo volte pra você, porque não tem nenhuma métrica exata. Então, acho difícil que o WhatsApp abra mão da criptografia e é praticamente impossível rastrear." 

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