Trem descarrila se tiver carga muito para direita ou esquerda, diz Alckmin

Marcelo Osakabe

Em São Paulo

  • Eliane Neves/Fotoarena/Estadão Conteúdo

    Sob pressão de aliados por não deslanchar nas pesquisas, Alckmin tem se movimentado para conter as críticas internas do PSDB

    Sob pressão de aliados por não deslanchar nas pesquisas, Alckmin tem se movimentado para conter as críticas internas do PSDB

O pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, aproveitou a entrega de um prêmio do setor ferroviário, na noite desta quinta-feira (14), na capital paulista, para tentar se mostrar, mais uma vez, como alternativa viável de centro nessas eleições presidenciais - sobretudo para aqueles que não desejam uma polarização entre a esquerda e a direita.

No discurso de agradecimento que fez após receber o prêmio Ferroviário do Ano, concedido pela "Revista Ferroviária", o tucano destacou: "Quando uma carga está muito à direita ou quando está muito à esquerda, o trem descarrila", arrancando risos da plateia e concluindo com um trocadilho: "O Brasil "trem" jeito."

Sob pressão de aliados por não deslanchar nas pesquisas, Alckmin tem se movimentado para conter as críticas internas do PSDB e reforçar o diálogo com setores da sociedade e com outros partidos. Nesses últimos dias, apresentou o ex-governador de Goiás Marconi Perillo como coordenador político da pré-campanha e se reuniu com o presidente do PROS, Eurípedes Junior, e com o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, líder do Solidariedade.

A maior esperança, no entanto, reside no DEM. "É tudo que queremos", disse o próprio Alckmin na quarta-feira (13) em evento em Santa Catarina. Nesta quinta, durante a cerimônia que oficializou a aliança entre tucanos e demistas para a disputa do Palácio dos Bandeirantes, Doria afirmou que trabalhará para construir uma ampla aliança nacional em torno de uma única candidatura. "Obviamente e preferencialmente em torno de Alckmin" acrescentou.

Aliança

Apesar do interesse em uma aliança com o DEM, Alckmin se esquivou de comentar se acreditava que a adesão do Democratas à candidatura de João Doria para a eleição ao governo de São Paulo, oficializada nesta quinta-feira em evento na capital paulista, significava que a legenda estava mais próxima de selar acordo parecido a nível nacional.

"Você tem o PSDB apoiando o DEM na Bahia, Pará e Rondônia" destacou o tucano ao Broadcast Político, após participar da premiação do setor ferroviário. Destacando que o DEM também tem nome lançado ao Planalto, o do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o tucano concluiu que a questão das alianças deve ser definida "apenas em julho".

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