Alckmin encontra-se com Aécio e outros parlamentares no Senado

Julia Lindner

Brasília*

  • Pedro Ladeira/Folhapress

    Aécio Neves (MG) e Geraldo Alckmin (SP) juntos em evento do PSDB em 2016

    Aécio Neves (MG) e Geraldo Alckmin (SP) juntos em evento do PSDB em 2016

Após passar o dia recebendo parlamentares na sede do PSDB, em Brasília, o presidenciável Geraldo Alckmin fez uma visita ao Congresso Nacional no início da noite desta quarta-feira, 11, para tratar da eleição deste ano. Alckmin teve uma reunião na liderança do partido no Senado com os tucanos Aécio Neves (MG), Tasso Jereissati (CE) e o líder da bancada na Casa, Paulo Bauer (SC). Segundo a assessoria de imprensa, o encontro ocorreu por acaso.

Pela manhã, Aécio se encontrou com o presidente Michel Temer (MDB) no Palácio do Planalto, conforme agenda divulgada pela Presidência da República.

Alckmin também teve uma conversa reservada com o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), no gabinete do parlamentar. A reunião ocorreu poucas horas após Ciro ter participado da reunião do centrão na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que acabou sem definição sobre qual candidato o bloco - composto por PP, SD, PHS, PR, PRB e DEM - deve apoiar.

Aliados de Alckmin ficaram mais otimistas após a reunião do centrão desta quarta. A avaliação é de que o PRB deu sinais claros de que quer deixar o bloco, que, por sua vez, vinha demonstrando intenção de apoiar o pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes. O PRB prefere que o grupo forme coligação com o tucano. Além disso, pessoas próximas de Alckmin avaliam que, de ontem para hoje, a situação com o DEM melhorou.

"Queremos estar juntos para ganhar eleição, nós vamos ganhar, vamos para o segundo turno, e também para governar. Não posso falar por eles (do centrão), mas no que depender de mim queremos estar juntos. Estamos juntos em muitos Estados, temos propostas parecidas. Vamos aguardar", declarou Alckmin.

Questionado sobre o encontro com Ciro Nogueira, Alckmin disse que o café foi muito bom e que possui uma forte aliada junto ao senador. Ele é amigo há 30 anos da sogra de Nogueira, a ex-deputada Miriam Portela, filiada ao PSDB e uma das fundadoras do partido. "Eu falei para ele: 'sogra se respeita'", brincou o tucano.

Reunião

Mais cedo, Alckmin também recebeu o pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro, deputado Indio da Costa (PSD), que foi pedir apoio na eleição estadual. Os tucanos estão divididos entre apoiar Indio ou Eduardo Paes (DEM). Integrantes da legenda avaliam que Paes poderia atrair o DEM para Alckmin, mas poderia fazê-lo perder o apoio do PSD.

Após a reunião com Alckmin, Indio disse à imprensa que foi "atualizar" o tucano sobre a situação eleitoral no Rio, mas não pressioná-lo. "Estamos caminhando, não vim pressionar, nem colocar uma faca no peito, até porque cabe ao PSDB a decisão de quem o partido vai apoiar."

Indio, que já foi candidato a vice de José Serra (PSDB) na campanha presidencial de 2010, afirmou que considera "natural" subir no palanque de Alckmin e que se sente "confortável" no PSDB. "Alckmin é hoje o melhor candidato à presidente. Vou votar nele", garantiu.

Alckmin mantém uma série de reuniões em Brasília nesta quarta e só deve voltar para São Paulo por volta das 22h. Ele também recebeu os deputados Otavio Leite (RJ), Ricardo Tripoli (SP), Nilson Leitão (MT) e Bruno Araújo (PE).

* Com UOL

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