ONG pede abertura de investigação por racismo contra vice de Bolsonaro

Mateus Fagundes

São Paulo

  • Marcelo Chello/CJPress/Folhapress

    5.ago.2018 - Jair Bolsonaro (e), Levy Fidelix (c) e General Antonio Mourão participam de convenção nacional do PRTB em São Paulo

    5.ago.2018 - Jair Bolsonaro (e), Levy Fidelix (c) e General Antonio Mourão participam de convenção nacional do PRTB em São Paulo

A ONG Educação e Cidadania de Afrodescendentes (Educafro) pediu ao Ministério Público do Rio Grande do Sul na tarde desta sexta-feira (10) a abertura de investigação por crime de racismo contra o general da reserva Hamilton Mourão (PRTB).

Candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), Mourão disse na segunda-feira (6) que o Brasil herdou a cultura de privilégios dos ibéricos, a indolência dos indígenas e a malandragem dos africanos.

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A declaração foi feita em um evento na cidade gaúcha de Caxias do Sul, quando Mourão falava sobre as condições de subdesenvolvimento do País e da América Latina. O general alegou posteriormente ter sido mal interpretado.

O advogado Marcello Ramalho, do escritório de Advocacia Bergher & Mattos Advogados Associados e quem representa a Educafro nesta demanda, explicou que a fala de Mourão pode ser enquadrada no artigo 20 da Lei do Crime Racial (7.716/1989). A pena para este tipo de crime é de reclusão de um a três anos e multa.

"Vamos aguardar a providência do Ministério Público, que vai colher as provas e, eventualmente, instaurar o inquérito", afirmou Ramalho.

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