Bolsonaro nega que tenha sido grosseiro em embate com Marina

Daniela Amorim

No Rio

O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, negou neste sábado (18) que tenha sido grosseiro no embate com a candidata Marina Silva (Rede) no debate com os presidenciáveis promovido pela "RedeTV", ontem (17).

"Eu acho que fui duro o suficiente, porque estava discutindo ali a questão do aborto e legalização da maconha. Ela não gostou porque ela perdeu praticamente o apoio de certos setores da sociedade que ela tinha e não tem mais", disse o concorrente ao Planalto, após cerimônia de formatura de cadetes na Aman (Academia Militar das Agulhas Negras), em Resende (RJ).

"Ela gritou comigo, me interrompeu, e eu a tratei coma maior cordialidade possível. Não teve nada de agressividade da minha parte, nunca fiz isso com mulher nenhuma", defendeu-se Bolsonaro.

Questionado se havia preocupação de impopularidade entre o eleitorado feminino, o candidato afirmou que há uma tentativa de rotulá-lo como contrário aos direitos das mulheres.

"Estão tentando me jogar contra as mulheres, contra os negros, contra os gays. É essa tentativa o tempo todo de me rotular. Eu defendo a mulher pra valer", declarou.

O presidenciável argumentou que sempre há mulheres nos palanques de seus comícios e que defende a lei do feminicídio aliada à posse de armas de fogo por mulheres para que elas possam se defender.

Bolsonaro acrescentou ainda que tem sido tratado com muito carinho e consideração País afora, principalmente pelas mulheres. "Adoro as mulheres. Você duvida? Tenho cinco filhos", brincou o candidato.

Bolsonaro ataca ONU

Bolsonaro declarou ainda que o Brasil deixará a Organização das Nações Unidas (ONU) caso seja eleito presidente da República.

A afirmação de Bolsonaro foi feita em resposta à pergunta sobre como avaliava a recomendação do Conselho de Direitos Humanos da ONU de que o país permita ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disputar a eleição presidencial.

"Se eu for presidente eu saio da ONU. Não serve pra nada essa instituição", disse. "Sim, saio fora, não serve pra nada a ONU. É um local de reunião de comunistas e gente que não tem qualquer compromisso com a América do Sul pelo menos."

Mais cedo, Bolsonaro já tinha se manifestado sobre o tema em sua conta pessoal no Twitter:

"Há mais ou menos 2 meses falei em entrevista que já teria tirado o Brasil do conselho da ONU, não só por se posicionarem contra Israel, mas por sempre estarem ao lado de tudo que não presta. Este atual apoio a um corrupto condenado e preso é só mais um exemplo da nossa posição."

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