Justiça põe Marconi Perillo no banco dos réus por corrupção

Fausto Macedo e Luiz Vassallo*

São Paulo

  • Danilo Verpa/Folhapress

    Marconi Perillo (PSDB) é candidato ao Senado em Goiás

    Marconi Perillo (PSDB) é candidato ao Senado em Goiás

O juiz da 8ª Vara Criminal de Goiânia, Ricardo Prata, determinou abertura de ação penal contra o ex-governador de Goiás e candidato ao Senado, Marconi Perillo (PSDB), pelo crime de corrupção passiva. Também estão no banco dos réus os empresários da Delta Fernando Cavendish e Claudio Dias Abreu e o contraventor Carlinhos Cachoeira.

A decisão é do dia 6. O tucano é acusado de corrupção passiva, por ter parte de uma dívida de campanha eleitoral, no valor de R$ 90 mil, supostamente paga em troca de um aditivo realizado em contrato do estado com a Delta Engenharia.

A denúncia foi oferecida em março de 2017 pela Procuradoria-Geral da República ao Superior Tribunal de Justiça. Com a renúncia de Perillo para disputar as eleições, o caso foi enviado à primeira instância.

De acordo com a PGR, Carlinhos Cachoeira teria se valido de "estreitas relações" com agentes políticos de Goiás para que a Delta estabelecesse "contratos vultosos, vários deles firmados com violação de dispositivos expressos de lei ou com prejuízo flagrante aos cofres públicos".

Em troca, o contraventor - considerado na denúncia um "operador oculto dos interesses da Delta" - oferecia propina aos agentes públicos.

A defesa de Perillo contestou a decisão. "O recebimento da denúncia contra o ex-governador Marconi é um ato, infelizmente, quase mecânico e automático. Nos Tribunais há uma possibilidade de discussão das denúncias e muitas vezes as denúncias não são recebidas. O mesmo não ocorre em primeira instância. No caso concreto não há qualquer fato novo relacionado ao processo", disse a nota assinada pelo advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay.

"A Justiça de Goiás já condenou o radialista, que mentiu, ao pagamento de indenização por total ausência de provas de sua imputação. Confiamos no Poder Judiciário e vamos prosseguir, na primeira instância, com a defesa técnica", complementou a nota da defesa do ex-governador. Já as defesas de Cavendish, Abreu e Cachoeira ainda não se manifestaram.

* Com informações do UOL

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