Presidenciáveis chamam de 'tragédia' incêndio no Museu Nacional

De São Paulo

Ao menos oito dos 13 candidatos à Presidência da República comentaram sobre o incêndio que atingiu o Museu Nacional, no Rio, no domingo (2).

Pelas redes sociais, os presidenciáveis lamentaram a falta de manutenção adequada do espaço, que completou 200 anos neste ano, e utilizaram termos como "tragédia". O rescaldo do incêndio deve durar ao menos mais dois dias, de acordo com o Corpo de Bombeiros.

Veja a íntegra das manifestações abaixo:

Alvaro Dias (Podemos) - "Dois séculos de história e cultura, de descobertas científicas, uma coleção que englobava geologia, paleontologia, botânica, zoologia, antropologia biológica, arqueologia, toda uma riqueza que pertencia ao povo brasileiro, e que agora está deixando de existir. Uma tragédia para o patrimônio histórico nacional. O museu criado ainda na época do Império, por D. João VI, e que possuía um acervo de mais de 20 milhões de itens que contavam a história do nosso País, está completamente destruído por um gigantesco incêndio."

Ciro Gomes (PDT) - "Vamos ajudar a atenuar esta tragédia que o desgoverno no Brasil permitiu acontecer contra nosso mais caro patrimônio histórico."

Geraldo Alckmin (PSDB) - "O incêndio de grandes proporções que atinge o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, agride a identidade nacional e entristece todo o país. Neste momento de profunda perda, quero me solidarizar não apenas com os cariocas, mas com todos os cidadãos brasileiros. Ainda sobre o incêndio no Museu Nacional, diante da perda irreparável do maior acervo museológico brasileiro, devemos resgatar o compromisso de zelar permanentemente, com consciência e investimento, pela preservação do patrimônio e da memória do País."

Guilherme Boulos (PSOL) - "Muito triste o incêndio do Museu Nacional no Rio de Janeiro, atingindo 20 milhões de itens da nossa história. Os cortes criminosos de Temer em recursos da Cultura e em investimentos estão condenando nosso futuro e destruindo nosso passado."

Henrique Meirelles (MDB) - "É muito triste saber do incêndio do Museu Nacional do Rio de Janeiro, na Quinta da Boa Vista. Trata-se da primeira instituição científica do Brasil, criada há 200 anos. Além do acervo de valor inestimável, o prédio incendiado foi palco de momentos decisivos da história do País. Lá viveu a família imperial e foi sediada a primeira Assembleia Constituinte republicana. A história e a cultura são essenciais para compreender o presente e criar um futuro de progresso para o País."

João Amôedo (Novo) - "É muito triste ver o nosso patrimônio histórico em chamas. São 20 milhões de itens desde a época dos dinossauros, passando pelo fóssil humano mais antigo já encontrado no país, uma enorme coleção egípcia e itens da era do Brasil imperial. Esse é o resultado da falta de gestão e do abandono político que vivemos no Rio de Janeiro e em todo o Brasil. Precisamos nos envolver na política para fazer a diferença e evitar situações lamentáveis como essa."

João Goulart Filho (PPL) - "O incêndio do Museu Nacional é um crime contra o patrimônio brasileiro, que tem culpados: os cortes dos últimos governos à ciência, à cultura, à educação."

Marina Silva (Rede) - "A catástrofe que ainda atinge o Museu Nacional neste domingo equivale a uma lobotomia na memória brasileira. O acervo da Quinta da Boa Vista contém objetos que ajudaram a definir a identidade nacional, e que agora estão virando cinza. Infelizmente, dado o estado de penúria financeira da UFRJ e das demais universidades públicas nos últimos três anos, esta era uma tragédia anunciada."

Fernando Haddad (PT) - candidato a vice-presidente - "Instituto Butantã, Museu da Língua Portuguesa, Escola de Artes e Ofícios, Museu do Ipiranga e, agora, o Museu Nacional. Lamentável o descaso com o patrimônio histórico."

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