Agressor de Bolsonaro diz à polícia que agiu por 'questões pessoais'

Constança Rezende, enviada especial

Juiz de Fora (MG)

  • Reprodução

A Polícia Militar (PM) de Minas Gerais confirmou à reportagem que Adelio Bispo de Oliveira, 40, foi o responsável por esfaquear o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) no início da tarde desta quinta-feira (6), em Juiz de Fora. O homem que atacou o presidenciável alegou, ao prestar depoimento à polícia, que agiu motivado por "questões pessoais".

A informação foi dada pelo coronel Alexandre Nocelli, comandante da quarta região da Polícia Militar de Juiz de Fora. O comandante confirmou que a segurança do candidato era feita por agentes da Polícia Federal, e não por policiais militares, e que a arma foi uma faca. Ainda de acordo com o PM, Adelio foi agredido enquanto era escoltado até a delegacia da Polícia Federal na cidade.

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Bolsonaro caminhava pelas ruas do centro de Juiz de Fora e era carregado nos ombros quando Adelio se aproximou e desferiu uma facada na região do abdômen. A polícia informou que abrirá um inquérito para apurar o ataque ao candidato.

Em nota divulgada pela Polícia Federal (PF), a corporação afirma que Bolsonaro "contava com a escolta de policiais federais quando foi atingido por uma faca durante um ato público". A mensagem ainda diz que "o agressor foi preso em flagrante e conduzido para a Delegacia da PF naquele município. Foi instaurado inquérito policial para apurar as circunstâncias do fato."

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Em seu perfil no Facebook, Oliveira tem muitos posts com teor político, e com críticas a Bolsonaro. A frase que o define na rede social é "Não importa em que partido tu militas, nem a ideologia em que acreditas, ou que fé tu praticas. Se tens prazer no triunfo da justiça, então somos irmãos".

O advogado de defesa diz ter ficado surpreso com a informação quando soube que se tratava de Adelio. "Fiquei muito surpreso quando soube que era o Adelio. Tive pouco contato com ele, mas até onde conheci não parecia uma pessoa violenta. Ele era servente de pedreiro", disse o advogado Pedro Tiago Oliveira Santos que defende Adelio em uma ação trabalhista.

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