Marina é acusada de "furar fila" na BA, dá bronca em comitiva e se desculpa

Yuri Silva

Salvador

  • Ronaldo Silva/Folhapress

    9.set.2018 - Marina Silva (Rede) participa de debate entre candidatos à Presidência da República

    9.set.2018 - Marina Silva (Rede) participa de debate entre candidatos à Presidência da República

A candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, envolveu-se em uma confusão em visita a Salvador, nesta segunda-feira, 10, após correligionários e agentes da Polícia Federal tentarem furar a fila para embarcar no Plano Inclinado Liberdade/Calçada, bonde que liga o bairro mais negro da capital baiana, berço do bloco afro Ilê Aiyê, à região da Cidade Baixa.

A atitude provocou reclamações de pessoas que esperavam na fila para se locomover na cidade. Os cidadãos começaram a gritar em direção à comitiva da presidenciável da Rede, que seguia para um vagão especial reservado para seu grupo político, segundo coordenadores do partido na Bahia, por questões de segurança.

Quando percebeu a confusão, a candidata à Presidência da República criticou auxiliares que a cercavam, como a ex-deputada Heloísa Helena e a candidata da Rede ao governo da Bahia, Célia Sacramento. "Eu disse que eu não queria fazer isso", disse ela, irritada. Na sequência, dirigiu-se às pessoas que esperavam na fila para pedir desculpas pela situação.

Momentos antes, preocupada com as reações, Marina já havia perguntado a auxiliares se a comitiva estava passando na frente das pessoas que esperavam na fila, mas recebeu uma negativa e seguiu adiante, guiada por agentes da PF. Após perceber a gafe, a presidenciável retornou ao final da fila e embarcou no Plano Inclinado ao lado dos eleitores, conversando e tirando fotos com eles.

Três agentes da Polícia Federal visitaram na manhã e tarde do domingo (9), o roteiro de campanha que a presidenciável da Rede faz em Salvador nesta segunda-feira. Eles foram acompanhados de dirigentes da Rede da Bahia, que receberam orientação de evitar locais com aglomeração de pessoas.

De acordo com aliados de Marina, a segurança da presidenciável não foi alterada após o atentado contra o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, na quinta-feira (6), em Juiz de Fora (MG).

A única alteração foi a supressão de agenda no bairro de Canabrava, periferia da capital baiana. Segundo a coordenadora da Rede na Bahia, Iaraci Dias, a mudança não teve relação com questões de segurança, mas com o horário do voo de Marina. Todos esses locais, além do Hotel Sheraton, onde a presidenciável de Rede está hospedada, foram inspecionados pelos agentes da PF. O trabalho durou boa parte do domingo, entre 10h e 17h.

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