Ciro tem que falar com eleitor anti-PT e anti-Bolsonaro, diz Cid Gomes

Sobral, CE

Renan Truffi

  • André Figueiredo/Ascom

    Os irmãos políticos Cid e Giro Gomes

    Os irmãos políticos Cid e Giro Gomes

Ex-coordenador da campanha de Ciro Gomes (PDT) à Presidência e candidato ao Senado pelo Ceará, Cid Gomes (PDT-CE) acredita que, apenas com os eventuais votos úteis de Marina Silva (Rede) e Geraldo Alckmin (PSDB) o irmão não conseguirá chegar ao segundo turno das eleições presidenciais. Para o pedetista, é fundamental Ciro conseguir reverter votos de Jair Bolsonaro (PSL) e de Fernando Haddad (PT) nas últimas horas de campanha. De acordo com Cid, o irmão tem "o melhor" dos dois e, por isso, o ideal é dialogar com "anti-petistas" e "anti-bolsonaristas" na reta final.

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"O que seria suficiente é tirar (votos) dos dois nessa zona de intersecção que existe entre Ciro com Bolsonaro e Ciro e Haddad. É melhor falar com o eleitor anti-PT e anti-Bolsonaro do que falar com o eleitor do Alckmin, que já minguou", afirmou.

Segundo Cid, o presidenciável do PDT tem a "zona de intersecção" tanto com os eleitores de Bolsonaro quanto com os eleitores petistas, mas sem carregar os problemas de ambos os candidatos. "Temos uma coisa em comum com Haddad que é sensibilidade com as políticas sociais dirigidas aos mais pobres. E não temos em comum com Haddad essa coisa do partido, o PT. O PT é um partido hegemônico e, no poder, acaba colocando o País em risco. Coloca em risco princípios éticos, princípios de honestidade, coisa que o Ciro não tem. O Ciro tem o lado bom da candidatura do Haddad sem ter o lado ruim."

O mesmo argumento vale para o presidenciável do PSL. "Em relação a Bolsonaro, a intersecção entre Ciro e ele é essa coisa da autoridade. Muita gente acha que o comando do País está frouxo e o Ciro preza esse valor de autoridade, de comando, mas não tem a coisa odienta, o sectarismo, a visão equivocada do Bolsonaro em relação a minorias", complementou Cid.

Ex-ministro da Educação no governo Dilma Rousseff, Cid também afirmou que "duvida" da habilidade de Haddad para negociar com o Congresso Nacional, caso o petista seja eleito presidente. "Uma coisa é você ser ministro, funcionário de Estado e o Haddad foi muito bem nessa função, um excelente ministro. Muitas das iniciativas lá no MEC foram frutos do talento dele, eu sei disso. Eu duvido de habilidades do Haddad nessa linha relação com o Congresso. A gestão dele foi reprovada por 84% da população de São Paulo", afirmou.

Líder das pesquisas de intenção de voto para o Senado no Ceará, Cid também disse que, se eleito, será oposição ao Bolsonaro, caso o presidenciável do PSL também vença o pleito. "Eu, de partida, se o Bolsonaro for eleito, e eu também, serei oposição, mas jamais serei oposição total. Eu vou ver cada medida e procurar avaliar cada uma delas (proposições)", ponderou.

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