'Não aceitaremos fraude', diz faixa em frente a condomínio de Bolsonaro

Renata Batista

Rio

  • Bruno Rocha/Estadão Conteúdo

É possível ouvir versão de sertanejo, funk, hits internacionais e muito buzinaço na porta do condomínio do candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Na tarde deste sábado (27), foi estendida no local uma faixa de 70 metros com a frase: "Não aceitaremos fraude".

Nos intervalos da trilha sonora, o carro de som toca o Hino Nacional e o Pai Nosso. Nas calçadas, eleitores dividem espaço com cabos eleitorais dos dois candidatos ao governo do Rio, Wilson Witzel (PSC) e Eduardo Paes (DEM). Há também vendedores de camisas, bandeiras do Brasil e bonecos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, caracterizados como presidiários.

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Em versão cantada por ativistas, Despacito, hit do porto-riquenho Luis Fonsi, vira Bolsomito, uma alusão ao candidato. A versão, em português, é cantada com sotaque em espanhol. O funk proibidão "Baile de favela", que movimentou as redes sociais, tem uma versão para enquadrar feministas e opositores.

"As mina de direita são as top enquanto as de esquerda têm mais pelo que cadela", cantam. "Maria do Rosário (deputada que discutiu com Bolsonaro e ouviu que não merecia ser estuprada) não sabe lavar panela". "Luciana Genro apoia o MST mas não dá o endereço para invadir a casa dela". "Ciro Gomes é um baita Zé Arruela".

Com as mesmas rimas pobres que marcam o original, a letra termina dizendo que Bolsonaro casou com a Cinderela, enquanto as feministas tomam sopa na tigela, e Jean Willys (deputado federal do Psol) fica vendo novela.

Cabos eleitorais de Witzel e Paes (DEM) desde cedo dividem espaço nos dois lados da pista e no canteiro central da Avenida Lúcio Costa, em frente à Praia da Barra, onde fica o condomínio. Entre uma música e outra, o locutor do carro de som do candidato Witzel pede que os partidários de Paes deixem o local. Embora Bolsonaro tenha declarado neutralidade na disputa local, o locutor acusava os partidários de Paes.

"Vocês nunca apoiaram o Bolsonaro. Você (Paes) sempre foi amigo do Lula e do PT. Queremos o novo", disse.

Os partidários de Paes ignoraram o recado. "Aqui é uma via pública e, na democracia, cada um tem sua opinião. Chegamos aqui às 7h40 e nos organizamos para evitar o confronto", disse Ana Rocha, que lidera os cabos eleitorais do candidato do DEM e continua no local.

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