ESCÂNDALOS NO CONGRESSO

17. Senado gasta R$ 256 mil em ambulâncias 'encostadas'

Data de divulgação
15.mar.2012

O escândalo
O Senado fez licitação em fevereiro de 2011 para comprar ambulâncias. Comprou 2 por R$ 256 mil. Quando recebeu os veículos, em fevereiro de 2012, não tinha motivo para usá-los. O caso foi revelado pelo jornal "Correio Braziliense" em 15.mar.2012 (aqui notícia restrita a assinantes do jornal).

De acordo com a reportagem, os veículos estavam, um mês após serem recebidos pelo Senado, "parados em um galpão da Coordenadoria de Transportes, ao lado de um amontoado de mobiliário usado que será leiloado em um pregão de bens móveis".

O jornal afirmou que o Senado não tem demanda médica para uso de UTIs móveis e que a Casa já possuía dois veículos do tipo, também parados no pátio de sua gráfica. "Estudos da Fundação Getulio Vargas indicaram que o Senado gasta muito para manter uma estrutura de atendimento médico ociosa", disse a reportagem.

Abandono
A compra das ambulâncias, segundo o "Correio", contraria "reformas administrativas do Senado que terceirizam a frota de veículos e propõem a redução do departamento médico".

O pregão para a aquisição das duas ambulâncias, no entanto, ocorreu antes de a Casa adotar política de terceirização da frota que teria por resultado, segundo a reportagem, o fim da "estrutura de manutenção dos 81 carros oficiais de senadores e outros 138 veículos de serviço administrativo".

O "Correio" disse ainda que a dispensa de funcionários comissionados diretamente ligados a gabinetes culminaria na demissão de motoristas, fazendo com que as ambulâncias permanecessem paradas sem serem cuidadas por funcionários. "A previsão é de que cerca de 50 motoristas contratados sejam demitidos quando a Casa terminar o processo de terceirização da frota", publicou o jornal.

Outro lado
A assessoria de imprensa do Senado afirmou, de acordo com o "Correio", que "só as ambulâncias e o carro do presidente" permanecerão como frota da Casa.

O jornal afirmou que "o Senado não respondeu quantas vezes, em 2011, o serviço de UTI móvel foi utilizado por parlamentares ou servidores".

A assessoria disse ainda, segundo a publicação, que a Casa preferiu manter seu próprio serviço de ambulância UTI apesar de os convênios do Sistema Integrado de Saúde (SIS) contemplarem deslocamentos emergenciais.

Questionada sobre o porquê de as ambulâncias novas estarem paradas e não à disposição do serviço médico, "a assessoria respondeu que os veículos passam por ajustes de equipamento".

O que aconteceu?
Nada.

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