ESCÂNDALOS NO CONGRESSO

21. Câmara aumenta valor de diárias de hotel para deputados

 

Data de divulgação
10.abr.2012

O escândalo
O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), assinou em 3.abr.2012 um ato que aumentou o valor pago a deputados e funcionários quando precisam viajar a trabalho. A notícia foi dada pelo jornal "Correio Braziliense" em 10.abr.2012. O texto está disponível para assinantes do jornal.

O benefício vale para viagens nacionais e internacionais. Segundo o jornal, na época de publicação da reportagem estimava-se que, em 2012, fossem gastos R$ 2 milhões com o auxílio-viagem, R$ 300 mil a mais que em 2011.

O aumento, aprovado por unanimidade pelos integrantes da Mesa Diretora da Câmara, estende-se a diárias e ao transporte do representante da Câmara entre o aeroporto e o hotel onde ficará hospedado. "Nesse último caso, os deputados passarão a receber R$ 279 no deslocamento dentro do país, US$ 196 (R$ 354) na América do Sul e US$ 215 (R$389) em outros países", afirmou o jornal.

Já com relação às diárias em cidades brasileiras, a mudança estabeleceu valor de R$ 524 para deputados e funcionários e R$ 611 para o presidente da Casa. Antes, os deputados e funcionários recebiam R$ 300 se fossem a cidades com mais de 200 mil habitantes e R$ 250 se fossem para outros locais. O presidente recebia R$ 50 a mais em ambas as situações.

Para viagens na América do Sul, o valor das diárias pagas pela Câmara passaram de US$ 350 (R$ 633) para US$ 428 (R$ 774), publicou o "Correio". Para outros países, o benefício foi de US$ 450 (R$ 814) para US$ 550 (R$ 995).

"Na proposta aprovada pela Câmara, chama atenção o artigo que determina o pagamento da metade da diária aos deputados mesmo nos casos em que eles ficarem hospedados em imóvel do Brasil ou sob administração do governo brasileiro, como os consulados e as embaixadas", informou a reportagem.

O "Correio" explicou que as viagens são consideradas "interesse" da Câmara parlamento e não estão inclusas no dinheiro que os deputados já recebem todos os meses para pagar gastos decorrentes de seus mandatos. Esse valor mensal varia de R$ 23.033,03 a R$ 34.258,50 de acordo com a distância entre o Estado do deputado e Brasília.

Outro lado
A vice-presidente da Câmara, a deputada Rose de Freita (PMDB-ES) disse, segundo publicado pelo "Correio", o seguinte: "Cheguei no finalzinho da reunião [que aprovou o aumento], mas a grande justificativa era a queixa de que não se pode hospedar, alimentar e pagar o táxi com as tarifas anteriores".

O primeiro-secretário da Câmara, deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO), afirmou que "os valores estavam defasados". Ele também disse, segundo o jornal, que "os valores pagos eram praticamente a metade dos outros órgãos" e que a mudança "foi uma correção, mas sem abusos".

O que aconteceu?
Nada.

 

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