15 histórias (surreais) da Lava Jato que superam qualquer roteiro de série
As muitas descobertas e delações da Operação Lava Jato trazem histórias que podem colocar obras de ficção no chinelo. Dos ''personagens'' envolvidos a fatos insólitos, o esquema de corrupção envolvendo doleiros, políticos e executivos muitas vezes beira o surreal. Abaixo, alguns exemplos de quando isso aconteceu.
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Propina em sela de cavalo
O doleiro Álvaro Novis teria tido entre R$ 7 milhões e R$ 8 milhões furtados da sela de um cavalo de corrida, no Jockey Club de São Paulo. Segundo o delator Hilberto Mascarenhas, da Odebrecht, isso foi o que Novis contou para justificar o sumiço do dinheiro que seria pago em propina. Mascarenhas disse que cobrou metade de todas as comissões do doleiro por ''dois ou três anos'' para compensar a perda. Leia mais
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Capa de Playboy indiciada
Em 2015, Taiana de Sousa Camargo foi capa da revista ''Playboy'' por causa de seu relacionamento com o doleiro e operador de propinas Alberto Youssef. Na foto principal, ela se apoiava em um carro luxuoso e cobria a nudez com um maço de dólares. Em 2017, ela foi indiciada pelo crime de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores --na ocasião, disse estar ''abalada e estarrecida'' com a situação. Leia mais
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Coisa de cinema
Gordon Gekko, personagem do filme ''Wall Street'' (1987) interpretado por Michael Douglas, virou codinome para a troca de mensagens em esquema de propina. O nome era usado por Fábio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal. O filme de Oliver Stone rendeu Oscar de melhor ator a Douglas, no papel de um ambicioso investidor da bolsa de valores que dizia: "A ganância é boa". Leia mais
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Aécio é motoqueiro
A Polícia Federal interceptou um diálogo em que o senador afastado Aécio Neves (PSDB) usava termos do automobilismo para comentar a notícia de uma delação. A PF desconfiou que ''motoqueiros malucos'' fossem os delatores e "passeio de moto", a delação. Para mostrar que o diálogo não era ''mascarado'', Aécio enviou ao Supremo Tribunal Federal fotos antigas em que aparece vestido de motoqueiro. Leia mais
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No meio do caminho, um ladrão
Uma mala com R$ 100 mil passaria do funcionário da empresa Saipem para Renato Duque (na foto), da Petrobras. Mas, entre o banco e o escritório do destinatário, no Rio, a bolsa foi levada por um ladrão. Ele atirou, a arma travou. Foi atingido no joelho pela polícia. Caiu. A mala abriu, espalhando R$ 47 mil. O resto do dinheiro desapareceu. O assaltante foi condenado a nove anos de prisão. Leia mais
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Casal ostentação
As apreensões da Operação Calicute revelaram o gosto por ostentação do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) e sua mulher, Adriana. Na lista aparecem retratos pintados por Romero Britto, além de dezenas de obras de arte, roupas de grife, joias avaliadas em milhões de reais e relógios. Na casa de Suzana Neves, ex-mulher de Cabral, foi apreendida uma camisa do Santos autografada por Pelé. Leia mais
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R$ 1 milhão ou R$ 1,5 milhão?
Após receber dinheiro de caixa 2 na Odebrecht, em São Paulo, o assistente administrativo André Santana disse ter sido roubado. Ele diz não saber o valor exato que foi levado: entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão, recolhidos para o marqueteiro João Santana e sua mulher, Mônica Moura (casal ao centro da foto). André disse ter sido colocado em um carro e transportado por alguns metros pelos ladrões. Leia mais
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Menos R$ 35 mil
O deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB) ganhou destaque na delação da J&F, pois foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil em propina. Dias após a divulgação das imagens, o auxiliar designado pelo presidente Michel Temer (PMDB) para tratar com a empresa devolveu o dinheiro em uma bolsa preta. Detalhe: faltavam R$ 35 mil do total, que depois foram depositados em juízo. Leia mais
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Powerpoint da discórdia
Um slide de apresentação quebrou a internet com acusações de que o ex-presidente Lula teria comandado o esquema de corrupção na Petrobras. Não só pelo conteúdo, mas também pela forma: a imagem exibida pelo procurador Deltan Dallagnol (foto) deu origem a diversos memes e piadas. Em seu depoimento, o ex-presidente comparou o slide a uma ''caçamba'': cabia tudo lá dentro. Leia mais
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Recorde de propina
R$ 35 milhões --em dinheiro vivo-- foi o recorde de propina entregue em um único dia por Fernando Migliaccio, ex-executivo da Odebrecht. Em sua delação, ele contou que, por questões de segurança, o limite diário era de R$ 500 mil. Porém, devido a "pressão e demanda", um dia ele chegou ao que chamou de recorde. Leia mais
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Laptop ao mar
O setor de tecnologia da Odebrecht pediu que Hilberto Mascarenhas, diretor então responsável pela área de propina, entregasse à empresa seu computador pessoal. Sua reação, conforme contou na delação, foi jogar o laptop no mar de Miami (EUA) para destruir todos os dados (ele tentou apagá-los sem sucesso). Com a máquina, jogou também um pendrive de acesso ao banco de dados no setor de propinas. Leia mais
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Solto por engano
Luiz Carlos Bezerra (à direita na foto) foi preso da Operação Calicute, apontado como operador do ex-governador Sérgio Cabral --os dois são amigos de infância. Em 2016, foi solto por engano com habeas corpus do processo em que é acusado de porte ilegal de armas. Ficou 24 horas em liberdade e voltou à prisão. Leia mais
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Salas comerciais valiosas
Os doleiros que operavam para o ex-governador Sérgio Cabral usavam salas comerciais, alugadas no Rio, para estocar o excedente do dinheiro ilícito que movimentavam. O delator Enrico Machado, dono de instituição financeira, contou que os locais serviam como ''caixa-forte'' e eram utilizados por períodos de um ano. Leia mais
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Licença poética
Os delatores revelaram diversos sinônimos usados para a palavra ''propina'': alpiste, chocolate e acarajé, para nos limitarmos a itens comestíveis. Os envolvidos no esquema também exerciam sua criatividade nos codinomes para os beneficiários: Anão, Italiano, Caldo, Jujuba, Caranguejo, Viagra e Babão estão entre as alcunhas. Leia mais
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Concorrência pesada
Com 1,8 milhão de seguidores no Twitter, o perfil oficial da série ''House of Cards'' publicou uma frase em português: ''Tá difícil competir''. A mensagem veio na sequência das primeiras informações sobre a delação de Joesley Batista, executivo da J&F. Produzida pela Netflix, a série retrata os ''podres'' dos poderosos nos EUA. Leia mais
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