Presidente do PSDB defende governador tucano e minimiza acusação sobre envolvimento com Cachoeira
O presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), afirmou nesta quarta-feira (4) que "não enxerga muita coisa" nas denúncias de que o governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo, recebeu informações sigilosas do empresário do jogo Carlinhos Cachoeira. Ele insinuou que vazamentos de gravações obtidas pela Polícia Federal servem apenas para comprometer oposicionistas à presidente Dilma Rousseff.
O jornal "Folha de S.Paulo" noticiou nesta quarta-feira que a chefe de gabinete de Perillo, Eliane Pinheiro, teria recebido informações privilegiadas sobre operações da polícia. Apesar de negar a denúncia, ela pediu exoneração do cargo.
"O partido não enxerga muita coisa, uma funcionária está envolvida nessas fitas gravadas. Nós estranhamos que essas fitas sejam seletivas, sempre voltadas para a oposição", disse Guerra. "Reiteramos, de maneira muito tranquila, a confiança no governador de Goiás."
O presidente do PSDB considerou a possibilidade de abertura de uma CPI e pediu que Carlinhos Cachoeira, preso em Mossoró, no Rio Grande do Norte, se pronuncie. "Deixa o Cachoeira falar. Esse cara precisa falar para todo mundo ouvir o que ele tem a dizer", disse. "Não tenho a menor dúvida que somos alvo em quase todas essas questões de jogo político", completou. O deputado tucano Carlos Alberto Leréia também aparece como interlocutor do empresário do jogo.
Entre os principais suspeitos de manterem relações irregulares com Cachoeira, estão vários parlamentares goianos, como o senador Demóstenes Torres (sem partido) e os deputados Lereia, Sandes Júnior (PP), Rubens Otoni (PT), Jovair Arantes e Stephan Nercessian (PPS-RJ). Guerra pediu investigação de todos os suspeitos e elogiou a iniciativa do Democratas de pressionar pelo afastamento de Demóstenes.
"É bom lembrar que o Delúbio (Soares, tesoureiro do PT à época do mensalão) voltou. O DEM fez o contrário: mandou o Demóstenes para casa. Então, a gente está com a consciência tranquila", disse.
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