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Trabalhadores rurais ocupam Ministério da Fazenda e pedem recursos para a reforma agrária

Do UOL, em São Paulo

23/05/2012 10h39

Agricultores ligados à Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf) estão desde as 6h no prédio do Ministério da Fazenda, em Brasília. Eles pedem uma audiência com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, com o objetivo de reivindicar recursos públicos para a reforma agrária.

Segundo os organizadores, cerca de 300 pessoas participam do protesto. A Polícia Militar, no entanto, estima em 150 o número de manifestantes.

De acordo com a segurança do ministério, os trabalhadores quebraram vidraças e forçaram a entrada no prédio.

Segundo Ariolino Ferreira, um dos líderes do movimento, os agricultores só devem deixar o local depois que forem recebidos por Mantega, que ainda não chegou ao ministério. Representantes da pasta devem receber os manifestantes.

Segundo a coordenadora-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf), Elisângela Araújo, o encontro será com o secretário executivo do ministério, Nelson Barbosa.

Os agricultores penduraram duas bandeiras da Fetraf no oitavo andar do prédio. Eles não tiveram acesso ao gabinete de Guido Mantega.

Em entrevista à Agência Brasil, a coordenadora-geral da Fetraf disse que o governo não deve olhar só para indústria, ao comentar os incentivos para os setores automotivos e de bens de capital anunciados esta semana.

“Nosso setor também é importante para a economia brasileira, porque nós produzimos alimentos e também podemos acabar com a miséria no país.”

De acordo com ela, os agricultores que estão no prédio são de assentamentos do Entorno do Distrito Federal. A mobilização ocorre simultaneamente em vários Estados, segundo a coordenadora-geral, com o objetivo de "destravar a pauta de reivindicações", encaminhada ao governo federal em abril.

Os trabalhadores rurais também pedem recursos para assistência técnica e projetos para ampliar o acesso a recursos hídricos, entre outras reivindicações. (Com informações da Agência Brasil)