Defesa de ex-deputado Pedro Corrêa vai lançar aplicativo com defesa de seu cliente
O segundo advogado a apresentar sua sustentação oral nesta quinta-feira (9) no julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), Marcelo Leal de Lima Oliveira, afirmou, momentos antes do início da sessão, que irá disponibilizar a partir de amanhã (10) um aplicativo com o memorial da defesa de seu cliente o ex-deputado do PP, Pedro Corrêa.
Segundo Oliveira, o produto poderá ser baixado de forma gratuita e mostrará “que seu cliente é inocente” na acusação de que integrantes do PP receberam recursos do PT para apoiar o partido governista em votações no Congresso.
“Memorais escritos foram importantes para facilitar a compreensão [dos fatos]”, afirmou. “E eles serão interativos.” O aplicativo, segundo o advogado, foi criado com a ajuda de uma empresa de Santa Catarina.
Segundo a Procuradoria Geral da República, entre 2003 e 2004, Corrêa e os deputados federais José Janene (morto em 2010) e Pedro Henry, auxiliados pelo ex-assessor do PP João Cláudio Genú, receberam R$ 2,9 milhões de José Dirceu, então ministro-chefe da Casa Civil, para votarem a favor de matérias do interesse do governo federal.
Corrêa integra o núcleo do PP (Partido Progressista) acusado de receber o mensalão. Ele teve o mandato de deputado federal cassado em 2006 por quebra de decoro parlamentar por ter autorizado Genú a sacar R$ 700 mil das contas do empresário Marcos Valério, apontado como operador do suposto esquema.
O ex-deputado é acusado dos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Por dentro do mensalão
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Entenda o mensalão
O caso do mensalão, denunciado em 2005, foi o maior escândalo do primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. O processo tem 38 réus, incluindo membros da alta cúpula do PT, como o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil). No total, são acusados 14 políticos, entre ex-ministros, dirigentes de partido e antigos e atuais deputados federais.
O grupo é acusado de ter mantido um suposto esquema de desvio de verba pública e pagamento de propina a parlamentares em troca de apoio ao governo Lula. O esquema seria operado pelo empresário Marcos Valério, que tinha contratos de publicidade com o governo federal e usaria suas empresas para desviar recursos dos cofres públicos. Segundo a Procuradoria, o Banco Rural alimentou o esquema com empréstimos fraudulentos.
O tribunal vai analisar acusações relacionadas a sete crimes diferentes: formação de quadrilha, lavagem ou ocultação de dinheiro, corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, evasão de divisas e gestão fraudulenta.
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