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Eleição presidencial de 2014 no Brasil tem "pontapé inicial prematuro", diz revista "Economist"

Do UOL, em Brasília

21/02/2013 13h57Atualizada em 21/02/2013 14h20

Reportagem publicada nesta quinta-feira (21) no site da revista "The Economist" afirma que as eleições presidenciais de 2014 no Brasil tiveram um "pontapé inicial prematuro", como diz o título do artigo. "Uma campanha que oficialmente dura apenas três meses deveria significar que a próxima eleição presidencial do Brasil, em outubro de 2014, ainda está bem longe. Mas, de fato, ela parece quase iminente', diz a publicação.

Os fatos que denunciam o começo da campanha precoce, segundo a revista, são o lançamento do novo partido da ex-senadora Marina Silva, terceira colocada na disputa em 2010, e  o anúncio da presidente Dilma Rousseff de ampliar o Bolsa Família em 2,5 milhões de pessoas. O periódico afirma ainda que o PSDB está considerando realizar primárias, apesar do favoritismo de Aécio Neves, e que Eduardo Campos, governador de Pernambuco, também está na corrida.

No último sábado, em evento em Brasília, Marina Silva lançou as bases de seu novo partido, que se chamará Rede Sustentabilidade, e disse que ser candidata à Presidência em 2014 é "uma possibilidade". Sobre o novo partido de Marina, a revista diz que ele tem apelo para atrair "tanto os 'verdes' quanto aqueles que estão cansados da política usual".

Já em relação a Aécio, a revista diz que pesam a seu favor "o sobrenome famoso, a boa aparência, carisma e dois mandatos bem sucedidos como governador do segundo Estado mais populoso do Brasil, Minas Gerais". "Mas ele ainda tem que mostrar o fervor por uma briga dura", aponta a revista. Em pronunciamento ontem no Senado, Aécio negou ser candidato a  presidente e disse que a decisão será de seu partido.

Em relação a Campos, a "Economist" afirma que "concorrer no ano que vem aumentaria seu perfil além da sua base no Nordeste".

"Rousseff poderia tentar neutralizar Campos oferecendo-lhe a vice-presidência -- mas isso já foi prometido a outro parceiro da coalizão. Ou Neves e Campos poderiam se unir -- mas nenhum dos dois parece interessado em ser vice. Ambos estão adulando Silva -- mas o lançamento da Rede sugere que ela também está de olho no trabalho 'top'. Todos os três provavelmente concorrerão. Mas Rousseff, uma presidente popular, será a candidata a ser derrotada", conclui.