Topo

Sessão para confirmar pastor polêmico na Comissão de Direitos Humanos é suspensa

Edgar Matsuki

Do UOL, em Brasília

06/03/2013 16h06

Após inúmeros protestos de parlamentares e manifestantes, a sessão de escolha do presidente da CDH foi suspensa.

Em reunião tumultuada e com protestos de grupos em defesa dos direitos dos homossexuais, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara tentava confirmar a indicação do Partido Social Cristão, que queria o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) para liderar a comissão.

Sessão foi marcada por protetos contra Feliciano

Mesmo com protesto de grupos em defesa dos direitos dos homossexuais, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara tentou confirmar a indicação do Partido Social Cristão para liderar a comissão.

O pastor é alvo de críticas por defender publicamente ser contra o casamento gay e de dar declarações na internet que são consideradas homofóbicas.

No momento em que o nome de Marco Feliciano foi pronunciado, os manifestantes que estavam no local soltaram uma sonora vaia e gritaram palavras de protestos. Willys chegou a indagar a possibilidade de serem lançados candidatos independentes, mas a mesa permitiu apenas a partidários do PSC.

A mesa sugeriu que a deputada Antônia Lúcia (PSC-AC) que era candidata a vice-presidência da comissão assumisse a liderança. Ela negou o pedido ao “dizer que o partido indicou Marco Feliciano”.

Erika Kokay (PT-DF) apresentou um pedido de impedimento a candidatura de Feliciano. Ela usou como argumento o próprio regimento da comissão. “Na medida em que o pastor tem declarações atentatórias contra os direitos humanos, ele não pode se candidatar”, disse. Ela também foi negada.