Topo

Manifestante que chamou Feliciano de racista será liberado após depor

Do UOL, em Brasília

27/03/2013 16h09

O manifestante detido a pedido do presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) está sendo ouvido neste momento na coordenação de Polícia Judiciária. Após a tomada do depoimento, será aberta uma ocorrência preliminar para investigar o fato e o manifestante será liberado. Um advogado do PSOL acompanha o manifestante detido. Depois será tomado o depoimento de testemunhas.

A prisão foi pedida pelo deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP) sob a alegação de ter sido chamado de racista. “Aquele senhor de barba, chama a segurança, ele me chamou de racista e racismo é crime. Ele vai ser preso e terá que provar que eu sou racista”, afirmou o presidente da Comissão. A polícia legislativa agiu em seguida e deteve o manifestante.

Marcelo Reges Pereira, antropólogo de 35 anos, morador de Brasília, foi retirado do plenário 9 onde se realizava, na tarde desta quarta-feira 27, sessão presidida pelo deputado Marco Feliciano, para “prestar informações” à Polícia Legislativa. A ação dos seguranças da Câmara deveu-se a uma ordem do deputado Feliciano, que se sentiu “caluniado” por Marcelo ter dito ao deputado estadual paulista Capez, que estava sentado ao lado de Feliciano, para “sair do lado de um racista”. Foi o suficiente para o presidente da sessão exercer sua autoridade máxima e, nesse caso, abusiva e seletiva.

O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) foi até a Polícia Legislativa, conversou com Marcelo e com o coordenador do Depol, que esclareceu que Marcelo não estava preso e sim “convidado a prestar esclarecimentos”. O assessor jurídico do PSOL acompanha o depoimento.

Após a confusão, a audiência foi suspensa por cinco minutos e transferida a audiência para o Plenário 11. A entrada foi restrita a parlamentares, aos debatedores e à imprensa.

(Com informações da Agência Câmara)