Justiça autoriza prisão especial para detidos no Acre, mas mantém suspeitos no mesmo lugar
A Justiça do Acre concedeu prisão especial ao diretor de Análises Clínicas da Secretaria de Saúde do Acre, Thiago Paiva, sobrinho do governador Tião Viana (PT), preso por suspeita de desvio de verbas do SUS (Sistema Único de Saúde). Paiva, no entanto, permanecerá no presídio Papudinha, que é destinado a detentos que tenham diploma de nível superior.
A desembargadora Denise Bonfim, que mandou prender 15 pessoas --entre empreiteiros, secretários de Estado e agentes públicos de segundo escalão, na última sexta-feira--, também autorizou prisão especial aos empresários Sérgio Nakamura, ex-diretor do Deracre (Departamento de Estradas e Rodagens do Acre, e Marcelo Sanches.
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As prisões ocorreram durante a operação G-7, da PF (Polícia Federal), que identificou um cartel de empresas que supostamente fraudavam licitações para as maiores obras do Estado.
A decisão da Justiça é protocolar e os suspeitos não sairão nem mesmo das celas onde permanecem desde que foram presos pela Polícia Federal, na última sexta-feira.
Wolvenar Camargo (atual secretário de Obras), que sentiu dores no peito, teve o mesmo benefício, e é vigiado por agentes penitenciários no Hospital de Base de Rio Branco, onde está internado desde sexta-feira.
O empresário Narciso Júnior teve o pedido de prisão especial negado. Ele alegou ser advogado e pretendia ser transferido para uma sala de estado-maior do quartel da Polícia Militar. Contudo, o despacho da desembargadora diz que “o réu não provou ser, de fato, advogado”.
A desembargadora negou o pedido de Gildo César Rocha Pinto, por “falta de amparo legal”. Ele alegou ser secretário de Estado, quando na verdade exerce a função em autarquia do governo estadual, sendo diretor-presidente do Depasa (Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento), informou a assessoria do TJ-Acre.
Gildo coordena o Programa Ruas do Povo, projeto de infraestrutura urbana que previa asfaltar todas as ruas dos 22 municípios do Acre.
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