Vaccarezza comandará "comitê" da reforma política, diz Alves
O presidente da Câmara dos Deputados, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), confirmou nesta terça-feira (16) que será instalado um grupo de trabalho para discutir um projeto de reforma política a ser votado no segundo semestre. O deputado confirmou que convidou Cândido Vaccarezza (PT-SP) para coordenar o grupo. “Convidei o Vaccarezza para coordenar o grupo. E o PT vai indicar seu representante”, disse.
Havia um impasse para definir quem ficaria à frente do grupo. O deputado Henrique Fontana (PT-RS), que nos últimos dois anos relatou vários projetos de mudança no sistema político do país, também pleiteava o comando do grupo.
O petista deve ser o coordenador do grupo de 14 deputados, que deve apresentar em até 90 dias uma proposta alternativa à sugerida pela presidente Dilma Rousseff no início do mês.
A ideia do presidente da Câmara é que, depois, essa proposta seja submetida a um referendo popular.
Segundo ele, o PMDB vai defender que a reforma política vete a doação direta para candidatos e permita apenas para o partido. Alves disse ainda que a sigla é favorável ao fim da reeleição para presidente da República a partir de 2018.
Proposta do executivo
Os pontos sugeridos pelo executivo são: financiamento de campanhas, sistema eleitoral, coligações partidárias, regras para suplência no Senado e fim do voto secreto no Congresso. Temas propostos por outros partidos como reeleição e eleições unificadas ficaram fora da lista governista, mas devem ser debatidos pelo grupo.
Por ter a maior bancada (com 90 deputados), o PT é o único partido com dois integrantes no grupo: além de Vacarezza, foi confirmada a indicação de Fontana, com quem ele disputava o comando. Os demais partidos com representação na casa tiveram direito a uma indicação.
Também fazem parte do grupo os deputados Marcelo Castro (PMDB-PI), Marcus Pestana (PSDB-MG), Guilherme Campos (PSD-SP), Esperidião Amin (PP-SC), Luciano Castro (PR-RR), Rodrigo Maia (DEM-RJ), Júlio Delgado (PSB-MG), Miro Teixeira (PDT-RJ), Antonio Brito (PTB-BA), Leonardo Cadelha (PSC-PB), Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) e Sandro Alex (PPS-PR).
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