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Polícia usa bombas de gás para dispersar protesto contra a ditadura no Rio

Policias revistam manifestantes durante ato que lembra os 50 anos do golpe no centro do Rio - Fabio Teixeira/UOL
Policias revistam manifestantes durante ato que lembra os 50 anos do golpe no centro do Rio Imagem: Fabio Teixeira/UOL

Gustavo Maia

Do UOL, no Rio

01/04/2014 19h07Atualizada em 02/04/2014 13h55

O ato "Ditadura Nunca Mais", que aconteceu no início da noite desta terça-feira (1) em memória aos 50 anos do golpe militar de 1964,  em frente à sede do Clube Militar, na Cinelândia, na região central do Rio de Janeiro, foi dispersado após a polícia disparar bombas de gás lacrimogêneo. Pelo menos três pessoas foram detidas e levadas em viaturas da PM.

Uma delas, segundo moradores, era um vendedor de água que atuava na região. O ato, que reunia centenas de pessoas no centro do Rio, transcorria de maneira pacífica até que alguns manifestantes atiraram uma garrafa e pedras contra o portão do prédio do Clube Militar, por volta de 18h40. 

Policiais que acompanhavam o protesto passaram a revistar os manifestantes sob a mira de armas e cassetetes e recolheram bandeiras com mastros de madeira. Por volta das 20h, o protesto terminou.

Durante o ato, os participantes pediram a revisão da Anistia. "Cadeia já para os fascistas do regime militar", gritam. Dezenas de policiais militares protegeram o prédio Militar e acompanharam a caminhada do grupo.

A maior parte dos manifestantes, que ocuparam as duas faixas da avenida Rio Branco, uma das principais do Centro do Rio, chegou ao local por volta das 18h30, depois de saírem em passeata da Igreja da Candelária.

Havia black blocs e servidores públicos entre eles, além de militantes de partidos e movimentos de esquerda.

Próximo ao Clube Militar, na frente da Câmara Municipal de Rio de Janeiro, réplicas de escudos militares com inscrições de datas e marcos históricos do regime foram colocadas no local pela Anistia Internacional. A iniciativa tem como objetivo coletar assinaturas para uma petição que pede revisão da Lei de Anistia.