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Sem surpresas, Campos deve anunciar Marina como vice na chapa à Presidência

Marina Silva e Eduardo Campos (PSB) em encontro no Rio após firmarem a aliança com o PPS - Erbs Jr. - 15.mar.2014/Frame /Estadão Conteúdo
Marina Silva e Eduardo Campos (PSB) em encontro no Rio após firmarem a aliança com o PPS Imagem: Erbs Jr. - 15.mar.2014/Frame /Estadão Conteúdo

Do UOL, em Brasília

14/04/2014 06h00Atualizada em 14/04/2014 15h08

Em tom de pré-campanha, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) deve confirmar o esperado e oficializar nesta segunda-feira (14) em evento em Brasília a ex-ministra Marina Silva (PSB) como sua vice na chapa presidencial que concorrerá em outubro.

A estratégia dos socialistas é se beneficiar da parcela de intenção de votos que Marina arrebanha. Na última pesquisa Datafolha, divulgada há uma semana, a ex-senadora recebeu 27%, maior percentual entre os potenciais adversários da presidente Dilma Rousseff, incluindo o próprio Campos, que teve 10%.

Segundo o deputado federal licenciado Walter Feldman (PSB-SP), um dos principais aliados de Marina, “não haverá nenhuma surpresa em relação à chapa” além do que já foi ventilado. Desde que aderiu ao PSB, em outubro passado, após fracassar a criação da sua sigla, a Rede, Marina fez um certo mistério sobre qual papel desempenharia na chapa e só mais tarde admitiu que seria vice.

O lançamento oficial da dupla como candidatos, porém, só ocorrerá de junho em diante, com a devida aprovação dos nomes em convenção partidária e o registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Ainda nesta segunda-feira, após o evento, Marina e Campos participam de um chat com internautas às 17h30. 

Alianças regionais

Se no âmbito nacional o futuro da coligação, que conta também com o PPS na aliança, está definido, em alguns Estados a situação ainda não está pacificada, como em São Paulo, Rio Grande do Norte e Minas Gerais.

Em Minas, o PSB lançou candidato próprio, o sanitarista Apolo Heringer Lisboa, abrindo um racha no acordo entre PSDB e PSB, que reelegeu o prefeito Marcio Lacerda (PSB) em Belo Horizonte, candidatura que tinha o apoio do senador Aécio Neves (PSDB-MG).

Em São Paulo, a decisão do PSB/Rede de defender candidato próprio ao governo paulista, após pressão de Marina para não apoiar Geraldo Alckmin (PSDB) à reeleição, gerou mal estar na coligação e desagradou o PPS, partido que aderiu à aliança no início de fevereiro. O PSB resolveu ceder à ex-senadora, mas defende o nome do deputado federal Márcio França (PSB). Já o PPS quer manter o apoio a Alckmin.

No Rio Grande do Norte, também parece não haver consenso. Marina chegou a criticar a aliança do PSB com o PMDB no Estado dizendo que seria a “manutenção da velha política”.