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Padilha quer tirar aliados de Alckmin e atrair partidos de Maluf e Costa Neto

Fabiana Maranhão

Do UOL, em São Paulo

06/05/2014 11h27Atualizada em 13/05/2014 13h04

O ex-ministro da Saúde e pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, afirmou que quer tirar partidos da base do governador Geraldo Alckmin, que concorre à reeleição, (PSDB) e se aliar a siglas das quais fazem parte Paulo Maluf (PP) e Valdemar Costa Neto (PR).

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"Vamos tirar os partidos da base do Alckmin", afirmou durante sabatina realizada na manhã desta terça-feira (6) pelo UOL em parceria com a Folha, o SBT e a rádio Jovem Pan.

"Quero aliança com PP, PR, todos os partidos que apoiam a presidente Dilma [Rousseff]", disse. Questionado sobre o fato de Paulo Maluf fazer parte do PP e Valdemar Costa Neto, do PR, ele afirmou: "Eu não 'fulanizo' a política. Vamos buscar os partidos que apoiam a presidente Dilma. Vamos construir uma candidatura mais ampla que o PT já teve no Estado de São Paulo".

Padilha defendeu a aliança com o PP e afirmou que o partido tem papel importante na execução do programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal.

No fim do ano passado, o ex-deputado Valdemar Costa Neto foi condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), no julgamento do mensalão, a 7 anos e 10 meses pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Em novembro de 2013, o ex-prefeito de São Paulo e ex-governador do Estado Paulo Maluf foi condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo pelo superfaturamento das obras do túnel Ayrton Senna quando esteve à frente do Executivo municipal, de 1993 a 1996. Maluf é procurado pela Interpol por fraude e roubo.

Gestão da Sabesp foi irresponsável, afirma Padilha

 
"A gestão da Sabesp foi irresponsável em todos os aspectos", declarou, referindo-se à questão da água, ao investimento no patrimônio da empresa e à relação com acionistas. "Faltou sinceridade e transparência por parte do governo do Estado", completou.
 
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A reportagem do UOL procurou a Sabesp, mas a empresa ainda não se pronunciou sobre as declarações do pré-candidato.
 
Perguntado se implantaria um racionamento de água no Estado, ele não respondeu e declarou que já há corte de água em São Paulo. 
 
Pela primeira vez em sua história, o nível de armazenamento de água do Sistema Cantareira, principal fonte de abastecimento da região metropolitana da capital paulista, caiu para menos de 10%, atingindo 9,8% nesta terça-feira.
 

Presídios são "gabinetes de reunião" do PCC, diz petista

O ex-ministro respondeu perguntas sobre a segurança pública no Estado. “Precisamos ampliar a presença da polícia nas ruas”, afirmou Padilha. Segundo o petista, é preciso tirar policiais de funções administrativas e colocá-los nas ruas.
 
Sobre o PCC (Primeiro Comando da Capital), ele declarou que as penitenciárias de São Paulo se tornaram "escritório administrativo, gabinete de reunião" da facção criminosa.
 
"Nós temos de ter coragem de enfrentar o PCC e isso só é possível se tiver cooperação com o governo federal", disse.
 
Em abril, internautas do UOL que moram em São Paulo escolheram a segurança pública como tema que eles desejam que melhore em suas vidas, na enquete online "Esperançômetro".
 

"Bateu na porta errada", fala Padilha sobre Alberto Youseff

Padilha comentou ainda sobre a tentativa do doleiro Alberto Youseff, preso durante a Operação Lava Jato da Polícia Federal, de fazer contrato com o Ministério da Saúde, durante a gestão do petista.
 
"As portarias que criei no Ministério da Saúde foram justamente para criar filtros para impedir esse tipo de contrato", declarou. "Não andou [a investida]. Se alguém achava que ia andar, bateu na porta errada", completou. 
 
No mês passado, o nome de Alexandre Padilha apareceu em um relatório da operação, que investiga esquema de lavagem de dinheiro. Padilha foi citado pelo deputado federal André Vargas (sem partido-PR) em conversa via SMS com o doleiro Alberto Yousseff.
 
Padilha nega ter indicado o servidor. André Vargas também negou que Padilha tenha feito qualquer tipo de indicação e disse que a mensagem de texto enviada a Youssef foi mal interpretada.