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Delator teria recebido R$ 1,5 milhão com a compra de Pasadena, diz TV

Ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa (centro) chega ao Senado para depor na CPI da Petrobras - Alan Marques/Folhapress
Ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa (centro) chega ao Senado para depor na CPI da Petrobras Imagem: Alan Marques/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

18/09/2014 20h25

O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso na operação Lava Jato, informou a investigadores a existência de propina na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. O delator, segundo reportagem do "Jornal Nacional", da "TV Globo", teria recebido R$ 1,5 milhão com a negociação.

Costa foi convocado para depor na sessão da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista da Petrobras, realizada na última quarta-feira (17), mas não respondeu a nenhuma pergunta. "A reunião pode ser aberta, mas vou permanecer em silêncio", disse o ex-diretor ao chegar na sala da comissão.

O ex-diretor foi preso em março com a deflagração da Operação Lava Jato da Polícia Federal. Há suspeitas de que Costa tenha destruído provas de seu envolvimento no caso. Para tentar reduzir a pena em uma possível condenação, ele decidiu no meio de agosto contribuir com as investigações, por meio de delação premiada.

Segundo a revista "Veja", Costa revelou o envolvimento de diversos políticos em um esquema de propina abastecido com recursos desviados da estatal. Mas, apesar das revelações, o ex-diretor ainda precisará esperar o fim do seu julgamento para saber se eventualmente terá a sua pena reduzida.

As denúncias feitas por ele ainda precisarão ser investigadas e comprovadas para só então o juiz decidir se serão consideradas válidas, explica o professor de direito penal e procurador federal Carlos Eduardo Vasconcelos, que não participa do caso.