Topo

Prisão temporária termina, e 17 presos da Lava Jato podem ser soltos

Leandro Prazeres

Do UOL, em Brasília

18/11/2014 06h00

Dezessete dos 23 presos durante a sétima fase da operação Lava Jato podem ser soltos nesta terça-feira (18) no Paraná, quando termina o prazo de cinco dias da prisão temporária decretada pela Polícia Federal. Os 17 estão presos em Curitiba, onde prestaram depoimento. Segundo reportagem do jornal "Valor Econômico", o delegado da PF Igor Romário de Paula, da divisão de combate ao crime organizado, a polícia vai decidir hoje se pede ou não a prorrogação da prisão dos envolvidos.

A prisão temporária tem prazo de duração de cinco dias, mas pode ser prorrogada se a autoridade policial entender que a liberdade dos suspeitos pode prejudicar as investigações.

As prisões preventivas não têm prazo determinado e podem durar até o final da instrução do processo.

A PF do Paraná ainda não informou se irá pedir a prorrogação das prisões temporárias dos suspeitos detidos durante a sétima fase da operação Lava Jato. 



Entre os 17 presos, estão os presidentes das empreiteiras Camargo Corrêa (Dalton dos Santos Avancini), OAS (José Aldemário Pinheiro Filho) e UTC (Ricardo Ribeiro Pessoa) e o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato de Souza Duque.

Na sétima fase da operação Lava Jato, a Polícia Federal decretou a prisão preventiva de 19 pessoas, das quais 17 foram presas. Duas ainda não foram localizadas: o lobista Fernando Antônio Falcão Soares, supostamente ligado ao PMDB, e Adarico Negromonte Filho, irmão do ex-ministro das cidades, Mário Negromonte. Além deles, outros seis executivos de empreiteiras foram presos, mas de forma preventiva e não há previsão sobre quando eles serão liberados.

Desde que foram presos, todos os suspeitos investigados pela operação Lava Jato foram levados para Curitiba, onde foram submetidos a exames de corpo de delito e prestaram depoimento.

No último final de semana, a Justiça Federal do Paraná negou o pedido de revogação de prisão de 11 suspeitos. Ontem, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) também negou os pedidos de habeas corpus impetrados pelos advogados de cinco executivos da OAS. 

Ainda de acordo com o delegado Igor Romário de Paula, a PF tem pressa em tomar os depoimentos dos presos para decidir se a prorrogação das prisões deverá ser feita ou não.

Nesta segunda-feira (17), três dos 17 presos temporários ingressaram com pedidos de revogação de prisão à Justiça do Paraná. Os pedidos foram feitos pelos advogados de dois executivos da Queiroz Galvão (Ildefonso Colares Filho e Othon Zanoide de Moraes Filho) e pelos advogados de dois executivos da Engevix (Carlos Eduardo Strauch Albero e Newton Prado Júnior).

O juiz Sérgio Moro, responsável pelo processo na Justiça Federal do Paraná, disse, em decisão publicada na segunda-feira (17), que irá aguardar a manifestação da PF e do Ministério Público Federal para decidir pela revogação ou não dos pedidos.