Lista apreendida em construtora apontaria repasses a políticos, diz jornal
Reportagem publicada pelo "O Globo" nesta quinta-feira (11) revelou que documentos apreendidos nas sedes das empresas Queiroz Galvão e Engevix trariam indícios de repasses dessas construtoras a políticos e partidos nas eleições deste ano.
De acordo com a reportagem, no entanto, não há confirmação de que os pagamentos foram feitos e se foram feitos legalmente ou não.
O jornal informou que na papelada constam nomes de candidatos tanto do governo quanto da oposição. Ainda de acordo com "O Globo", em pelo menos um desses papéis, apreendido na Engevix, aparecem registros de valores não declarados ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) como doações de campanha.
O periódico informou ainda que uma anotação apreendida na sede da Queiroz Galvão, em São Paulo, lista diferentes candidatos como "Padilha", em uma referência ao candidato derrotado ao governo do Estado de São Paulo Alexandre Padilha (PT).
Também apareceriam os nomes “Lindinho”, em possível alusão a Lindberg Farias, petista derrotado ao governo do Rio e “Pé Grande”, uma referência ao governador reeleito pelo PMDB, Luiz Fernando Pezão.
Também há o registro de "Picciani", possível referência a Jorge Picciani, presidente do PMDB do Rio ou a seu filho, Leonardo Picciani, eleito deputado federal. Os valores anotados não guardam correlação aparente com as doações registradas no TSE.
Também aparecem, conforme o jornal, a inscrição “PMDB nacional”, "R. Jucá" --o senador Romero Jucá (PMDB-RR) não concorreu cargo eletivo neste ano (ele está no meio de seu mandato de oito anos), mas seu filho Rodrigo Jucá foi candidato a vice-governador na chapa de Francisco Rodrigues (PSB), que recebeu R$ 928 mil da Queiroz Galvão.
Em nota enviada ao jornal, a Queiroz Galvão informou que recebe solicitações de vários departamentos da empresa para variados partidos.
“Essas solicitações são avaliadas e não refletem a decisão final da companhia. As tabelas apreendidas são estudos preliminares com base nas solicitações recebidas pelas diversas áreas da empresa."
"Os números não necessariamente se converteram em doações já que a decisão final da companhia levou em consideração a disponibilidade de orçamento, limite estipulado em Lei para doações eleitorais e a posição dos partidos em relação ao desenvolvimento do País em cada Estado.”
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